A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a Associação Portuguesa da Apoio ao Desenvolvimento (APAD) celebraram hoje um protocolo para criação de uma rede de mediatecas nos países lusófonos, cujo investimento ascenderá a um milhão de euros (200 mil contos).

O projecto para a criação de uma rede de mediatecas está previsto durar um mínimo de cinco anos, com a possibilidade de outras entidades se puderem associar ao projecto, explicou José Vitória Fernandes, director do gabinete de estudos económicos da CGD, que integra o projecto das mediatecas, ao Canal de Negócios.

O protocolo celebrado hoje entre a CGD e APAD visa criar uma rede de mediatecas, ou bibliotecas informatizadas e multimédia, nos países de expressão oficial portuguesa onde Grupo CGD está presente.

Presença em Timor Leste

Numa primeira fase, será criada uma mediateca em Díli e uma outra em S.Vicente, Cabo Verde. A mediateca da capital de Timor Leste deverá ser inaugurada em Junho deste ano, ficando localizada no edifício do Banco Nacional Ultramarino, enquanto a mediateca de S. Vicente não tem data prevista para a abertura.

A mediateca de Maputo, criada pela CGD na sede do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), deverá integrar, também, nesta primeira fase, a rede de mediatecas.

Na segunda fase do projecto, que irá decorrer durante cinco anos, está prevista a criação de uma mediateca em São Tomé e Príncipe e uma segunda em Moçambique, na Beira, referiu a mesma fonte.

O projecto «tem como objectivo ser um ponto de informação e de conhecimento, que poderá contribuir para o desenvolvimento de Timor Leste», afirmou Athayde Marques, administrador da CGD, na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação.

«Esperamos que o arranque do projecto em Timor Leste, se possa alargar a outras regiões, porque até agora a iniciativa tem funcionado bem», declarou Isabel Pinto Correia, presidente da APAD, na mesma cerimónia.