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CEO da Oi apresenta renúncia e é substituído por Marco Schroeder

Bayard Gontijo apresentou esta noite a sua renúncia ao cargo de presidente executivo da operadora brasileira. A Oi já anunciou que será Marco Norci Schroeder a substituí-lo.

Bayard Gontijo, presidente da Oi, no final da reunião de accionistas
Miguel Baltazar/Negócios
10 de Junho de 2016 às 23:00
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A Oi, que tem a Pharol como maior accionista, informou os accionistas e o mercado, em comunicado ao regulador, que Bayard de Paoli Gontijo (na foto) apresentou esta sexta-feira, 10 de Junho, a sua renúncia ao cargo de presidente executivo da empresa.

"O conselho de administração expressa o seu mais profundo agradecimento ao dr. Bayard de Paoli Gontijo pela sua integral dedicação à Oi durante todos os 14 anos em que participou do seu quadro de colaboradores e especialmente durante o seu mandato como Director Presidente, reconhecendo as contribuições e resultados significativos atingidos pela Oi em seu processo de transformação operacional", sublinha o comunicado da empresa.

A administração da operadora brasileira informa também no mesmo documento que, em substituição de Bayard Gontijo, elegeu Marco Norci Schroeder – que acumulará as novas funções com as que exerce actualmente como director administrativo financeiro.

Marco Norci Schroeder iniciou sua carreira na Oi como director de controladoria no período de 2002 até 2011. Em 2014, retornou à empresa como director financeiro Internacional, tendo actuado como CFO da PT Portugal até à venda da empresa à Altice em Junho do ano passado.


O agora CEO da Oi consolidou a sua carreira no mercado de telecomunicações e actuou na Contax Participações, NET Serviços de Comunicações e RBS. Cursou Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem especialização pela Harvard Business School e na Wharton School da Universidade Pensilvânia, conclui o comunicado.

Recorde-se que as principais agências de rating cortaram recentemente a notação da Oi, justificando a medida com o elevado endividamento da operadora.

 

A 25 de Fevereiro, a TIM (operadora da Telecom Itália) informou o fundo russo LetterOne que não pretendia aprofundar as negociações com a Oi para avançar com uma fusão dos activos, isto depois de quatro meses de conversações. A fusão, se fosse em frente, seria acompanhada de uma injecção de capital por parte do LetterOne que poderia ascender a quatro mil milhões de dólares.

 

O fracasso das negociações levou a que a S&P ficasse convicta de que a Oi enfrenta agora ainda mais desafios no sentido de reduzir o seu elevado endividamento. A mesma opinião teve a Fitch, considerando que a operadora brasileira poderá confrontar-se com graves problemas de liquidez a partir de 2017.

 

A dívida líquida da Oi, sublinhe-se, aumentou 25,5% no final de Março, para 40,8 mil milhões de reais (10,2 mil milhões de euros).

No passado dia 24 de Maio, em dia de assembleia geral da Pharol, o seu CEO, Luís Palha da Silva, disse que não estava ainda em curso um processo concreto de renegociação de dívida da Oi, havendo apenas conversações no sentido de tentar aliviar o fardo da dívida da operadora brasileira.

 

Na altura, Palha da Silva disse também que as obrigações para o retalho, num montante total de 26 mil milhões de reais, não estavam incluídas na actual renegociação da dívida da Oi. No entanto, dois dias depois a Oi veio esclarecer que não havia qualquer decisão tomada em relação ao tratamento que as obrigações de retalho da Oi poderão ter num cenário de renegociação da dívida. 



(notícia actualizada às 23:33)

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