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CEO da Science4you: "É preciso recuperar espírito dos Descobrimentos para o empreendedorismo"
Miguel Pina Martins diz que "é possível ser empreendedor e criar emprego, mas para isso também é preciso arriscar", e por isso é necessário recuperar o espírito arrojado dos Descobrimentos, mas não só.
Miguel Pina Martins, fundador e presidente executivo (CEO) da Science4you, afirmou hoje que é preciso recuperar o espírito aventureiro dos portugueses de há 500 anos para impulsionar o empreendedorismo em Portugal.
"Hoje o que me preocupa mais como empreendedor é a cultura que existe [em Portugal]. Enquanto não conseguirmos voltar ao espírito de há 500 anos, em que fomos explorar o mundo, arriscando a própria vida, vai ser muito difícil" existir uma evolução no empreendedorismo, "e não só em Portugal", referiu Miguel Pina Martins, ao falar na Conferência Investimento, inovação e digitalização: o caso português, em Lisboa.
O fundador da Science4you -- empresa portuguesa que produz, desenvolve e comercializa brinquedos científicos e educativos -- recordou como começou a empresa que lidera, há 11 anos, que teve origem numa espécie de 'crowdfunding' (financiamento colaborativo), quando o conceito ainda não existia.
"É possível empreender sem dinheiro", disse, recordando que tinha 1.125 euros quando começou a empresa e recorreu a um "peditório organizado".
Miguel Pina Martins comentou também que é possível empreender sem muita experiência, "ou com experiência absolutamente nenhuma, no meu caso".
O CEO da Science4you acrescentou que "é possível ser empreendedor e criar emprego, mas para isso também é preciso arriscar", e por isso é necessário recuperar o espírito arrojado dos Descobrimentos, mas não só.
Miguel Pina Martins defendeu que é preciso mudar a educação que se leciona nas escolas -- algo que "não custa dinheiro".
"Há coisas mais importantes do que a memória, mas o nosso sistema de ensino está muito focado na memória", referiu.
O fundador da Science4you considerou ainda que, apesar dos desafios, o sistema de empreendedorismo em Portugal está melhor do que há 11 anos, mas é preciso mais.
"Assim como tivemos há 500 anos portugueses que foram além fronteiras, tenhamos agora empreendedores que consigam levar o país a novas descobertas e novos mundos", rematou.