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Campos e Cunha critica papel da KPMG no BCP

Luís Campos e Cunha sai hoje em defesa de Vítor Constâncio, que tem sido criticado pela sua actuação no caso BCP. Em vez disso, questiona o papel do auditor KPMG. "Não viu nada?"

11 de Janeiro de 2008 às 14:25
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Em artigo de opinião publicado hoje no jornal "Público", intitulado, "três mistérios e um banco" o ex-ministro das Finanças e, recorde-se, vice-governador do Banco de Portugal entre 1996 e 2002, fala de "ignorância" e "demagogia" nas críticas ao banco central e refere-se, implicitamente (nunca o identifica directamente), ao governador Vitor Constâncio, "alguém - decente e corajoso - [que] é atacado de forma vil e injusta".

"As contas [do BCP] são certificadas pela KPMG. Tem certamente muita gente em permanência a trabalhar a contabilidade do banco. Não viu nada? Como é possível não cuidar da verdade das contas, estando em causa, mais uma vez, montantes muito grandes, mesmo para um grande banco como o BCP?"

Esta é um dos "três mistérios" enumerados por Luís Campos e Cunha no "Público". Os outros são o falhanço da própria auditoria interna do banco e o facto de "alguém (...) [que] necessariamente, esteve (ou está) bem alto na estrutura do BCP (estamos a falar de meia dúzia de pessoas)" entregou documentos "a um accionista" (Joe Berardo) e não ao Banco de Portugal e à CMVM.

Em relação ao Banco de Portugal, Campos e Cunha relembra que as funções do banco não incluem a certificação de contas , partindo sim da contabilidade auditada e certificada.

"Certamente que alguns administradores do BCP, se provados os factos relatados, serão inibidos de continuar como banqueiros", escreve ainda Campos e Cunha no "Público", concluindo dizendo que muitos amigos o aconselharam a não se meter nesta guerra, mas que não consegue calar-se. "Tudo o resto são guerras partidárias e lutas de sociedades semi-secretas".

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