Notícia
Camargo não pode avançar com OPA potestativa sobre a Cimpor
Camargo Corrêa não terá conseguido comprar mais de 90% do capital da Cimpor abrangido na OPA.
A Cimpor afundou na última sessão. Caiu mais de 25%, sem razão aparente. Mas a explicação para este comportamento negativo poderá estar no facto da Camargo Corrêa não ter conseguido, na OPA, alcançar 90% do capital que ainda não controlava. O que impede a OPA potestativa.
De acordo com o código de valores mobiliários, a OPA potestativa tem de preencher dois pré-requisitos: alcançar 90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da visada (o que foi conseguido na Cimpor); alcançar 90% dos direitos de voto abrangidos pela OPA, ou seja, sem contar com o capital que a Camargo e a Votorantim já detinham (a OPA é da Camargo mas as acções da Votorantim também são imputadas à oferente).
Este último pré-requisito não terá sido alcançado pela Camargo, de acordo com os cálculos de Pedro Rodrigues, do Montepio. E, na perspectiva de não haver já uma OPA potestativa, aos 5,50 euros da OPA, terá levado os investidores a "fugir" da cotada. Isso terá conduzido os títulos aos 3,79 euros, 31% abaixo da OPA.
Como indica no prospecto, a Camargo, que detém 94,11% do capital, pode avançar, porém, para a perda de qualidade de sociedade aberta da Cimpor, o que também levará à retirada das acções de bolsa, sempre a um preço mínimo de 5,50 euros. Para isso, terá de a aprovar em assembleia geral.
De acordo com o código de valores mobiliários, a OPA potestativa tem de preencher dois pré-requisitos: alcançar 90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da visada (o que foi conseguido na Cimpor); alcançar 90% dos direitos de voto abrangidos pela OPA, ou seja, sem contar com o capital que a Camargo e a Votorantim já detinham (a OPA é da Camargo mas as acções da Votorantim também são imputadas à oferente).
Como indica no prospecto, a Camargo, que detém 94,11% do capital, pode avançar, porém, para a perda de qualidade de sociedade aberta da Cimpor, o que também levará à retirada das acções de bolsa, sempre a um preço mínimo de 5,50 euros. Para isso, terá de a aprovar em assembleia geral.