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Caixa BI inicia cobertura da SAG com recomendação de «acumular»
O Caixa BI iniciou a cobertura das acções da SAG com a recomendação de «accumulate» e um preço alvo de 1,90 euros. A analista Susana Neto destaca o valor adicional para a empresa liderada por Esmeralda Dourado da fusão com o Santander Consumer.
O Caixa BI iniciou a cobertura das acções da SAG com a recomendação de «accumulate» e um preço alvo de 1,90 euros. A analista Susana Neto destaca o valor adicional para a empresa liderada por Esmeralda Dourado da fusão com o Santander Consumer.
A casa de investimento prevê que a SAG tenha uma ‘performance’ abaixo do mercado nas vendas de automóveis atingindo uma quota de mercado de 11%, este ano, e registando uma queda de 3% das vendas em termos homólogos, segundo um «research» com a data de ontem.
«A SAG tem sido prejudicada pelo abrandamento da economia portuguesa, diminuição das vendas de automóveis, forte competição e também pela fraqueza da Volkswagen (escassez de produtos/modelos para o mercado português e retirada de alguns dos modelos mais importantes da fabricante)», explica a analista do Caixa BI.
A queda das vendas deverá, no entanto, ser compensada pelo aumento da presença da empresa na área de serviços financeiros e automóveis com a baixa penetração do leasing operacional no mercado português a representar um elevado potencial de crescimento para a Multirent.
O Caixa BI vê ainda com optimismo a evolução da Unidas, a segunda maior empresa de gestão de frotas e aluguer de viaturas no Brasil, dado o clima económico favorável no país e o posicionamento actual da empresa.
A SAG e o Santander Consumer assinaram um acordo de fusão dos negócios de financiamento ao consumo e sector automóvel. A operação vai ainda resultar na criação de uma nova empresa ibérica para o aluguer operacional de veículos, que vai ser controlada em 40% pela companhia do grupo de João Pereira Coutinho.
«A fusão com o Santander Consumer traz valor adicional para a SAG», diz Susana Neto apontando como principais benefícios a diversificação do risco proveniente da expansão da actividade do grupo para Espanha e para o financiamento ao consumo, o facto da libertação de capital permitir uma redução significativa da dívida e a redução dos custo de financiamento da Multirent pelo facto de ir para fora.
A banco prevê que os lucros da SAG cresçam para 36 milhões de euros, em 2005, contra os 25 milhões de euros atingidos em 2004. O valor previsto para este ano inclui um ganho de capital de 16 milhões de euros resultante da integração de 100% da Multirent na nova unidade ibérica para aluguer operacional de veículos que vai ser detida em 60% pelo Santander Consumer e em 40% pela SAG.
As acções da SAG seguiam a perder 1,20% para 1,64 euros.