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Brisa «poupa» 10 milhões de euros em 2002 com plano de reestruturação
A Brisa pretende poupar 10 milhões de euros (2 milhões de contos) em custos no próximo ano, com o plano de reestruturação da concessionária, que prevê a criação de quatro negócios principais, de acordo com os analistas contactados pelo Negocios.pt.
As poupanças previstas pela Brisa [BRISA] foram anunciadas ontem, numa apresentação da concessionária a analistas.
O processo de reestruturação prevê um incremento na utilização de sistemas de cobrança electrónicos nas auto-estradas, que deverá permitir em 2002 poupar 3 milhões de euros (601 mil contos) nos custos de pessoal, disseram os mesmo analistas.
Brisa investe 1,1 mil milhões de euros até 2004A Brisa na sequência do plano de reestruturação irá passar a Sociedade Gestora de Participações (SGPS), englobando quatro áreas de negócios, para a concessão de auto-estradas, área internacional, serviços e telecomunicações.
A Brisa Autoestradas englobará os contratos de concessão de auto-estradas em Portugal, cujo contrato se prolongará até 2032. A empresa liderada por Van Hoof Ribeiro prevê, segundo os analistas contactados pelo Negocios.pt, investir 1,1 mil milhões de euros (221 milhões de contos) até 2004, abaixo do previsto anteriormente.
A Brisa Serviços, que irá explorar os negócios de serviços, marketing e vendas, transacções e novos projecto, deverá atingir em 2002 um volume de negócios de 53,5 milhões de euros (10,73 milhões de contos), enquanto em 2006 o volume de negócios ascenderá aos 100 milhões de euros (20,05 milhões de contos).
As participações na Electricidade de Portugal e na ONI serão inseridas na Brisa Telecomunicações, que não terá figura jurídica, enquanto as posições na brasileira CCR e na italiana Autostrade serão agregadas na Brisa Internacional.
Brisa emite empréstimo obrigacionista de 600 milhões de euros para reestruturar dívidaA Brisa anunciou ontem que vai emitir um empréstimo obrigacionista de 600 milhões de euros (120,29 milhões de contos), com o objectivo de reestruturar a actual dívida de curto, médio e longo prazo.
O «road show» junto de investidores para colocar o empréstimo obrigacionista irá decorrer em Portugal e no estrangeiro, e deverá ter início no próximo mês, segundo apurou o Negocios.pt.
O empréstimo terá um prazo de cinco anos, com um juro anual e uma taxa fixa, que resultará de um «bookbuilding».
Às 13h12, a Brisa recuava 0,21% para os 9,58 euros (1.921 escudos).