O brasileiro Bradesco quer ter presença física em Portugal, através da parceria estratégica com o Banco Espírito Santo. O Banco Bradesco quer actuar como banco de retalho no nosso país.

Márcio Cypriano, presidente do Bradesco anunciou ontem esta informação a propósito da entrada no retalho japonês através da parceria com a instituição local UFJ Holding Inc.

O objectivo da parceria é atender os mais de 300 mil brasileiros que vivem no Japão, oferecendo todos os produtos de um banco.

Num primeiro momento, segundo Cypriano, serão aberta 10 agências, em regiões com as maiores concentrações de nipo-brasileiros. Mas, a partir de Fevereiro ou Março de 2005, toda a rede de agências do UFJ (em torno de 450) vai oferecer o mesmo atendimento.

Na rede de agências Bradesco UFJ haverá terminais de auto-atendimento. Ao todo, serão 500 máquinas de auto-atendimento e 4,5 mil caixas electrónicas com acesso disponível em português. O Bradesco vai montar um «call-center» no Brasil para atender os brasileiros que vivem no Japão.

Da mesma forma, o Bradesco quer entrar na Península Ibérica. Cypriano adiantou que estava em negociações em Espanha e em Portugal para firmar acordos semelhantes. Em Portugal com o parceiro BES onde detém cerca de 3% do capital e em Espanha com o Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA).

Em Portugal, residem próximo de 100 mil brasileiros e esse número tende a aumentar.

Entretanto, o banco brasileiro vai fechar este ano um protocolo com o BES para a transferência de dinheiro dos emigrantes nos dois países.

O BES controla 3,8% do Bradesco, maior banco privado no mercado brasileiro.

Em Portugal, somente uma instituição financeira, o Banco do Brasil marca presença no retalho. O outro banco brasileiro que tem operações no nosso país é o Itaú, mas na área de banca de investimento.

*Correspondente em São Paulo