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BP Portugal com «performance» abaixo das expectativas devido à economia

A actividade da BP Portugal nos primeiros meses do ano terá ficado abaixo das expectativas do plano de negócios, em resultado do ambiente negativo da economia portuguesa, revelaram hoje responsáveis da empresa.

27 de Julho de 2005 às 15:01
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A actividade da BP Portugal nos primeiros meses do ano terá ficado abaixo das expectativas do plano de negócios, em resultado do ambiente negativo da economia portuguesa, revelaram hoje responsáveis da empresa.

Sem divulgar números, os responsáveis afirmaram que a evolução do negócio da petrolífera tem ficado aquém do esperado. «Os três primeiros meses do ano foram complicados, podemos dizer que estamos abaixo das expectativas do plano de negócios e as razões para isso são conhecidas, o ambiente económico português gera alguma dificuldade na actividade petrolífera em Portugal e a conjuntura não é favorável», disse Cristóvão Coimbra, administrador da empresa.

A quebra no consumo de combustíveis no primeiro trimestre, que terá rondado os 3% em relação ao período homólogo, contribuiu para uma "performance" abaixo do previsto, mas a empresa não encara a possibilidade de se afastar do mercado português.

«A BP continua a investir em Portugal, existe um programa de investimento que está a ser levado a cabo e continuamos a acreditar que vale a pena investir no país», acrescentou Cristóvão Coimbra.

À espera da Amper

Em relação ao andamento da parceria entre a BP e a Amper para a instalação de uma central fotovoltaica em Moura, a petrolífera refere que há «questões a clarificar».

«É preciso, por um lado, garantir uma tarifa estável. Depois há outras questões importantes como a ligação à rede, que é um processo que pode demorar algum tempo, portanto há ainda um caminho a desbravar. A BP está à espera que a Amper clarifique algumas destas questões, mas admito que haja condições para avançar com o projecto», afirmou António Comprido, presidente do conselho de administração da BP Portugal.

Esta central, com uma potência instalada de 64 megawatts (MW), será a maior do mundo e a BP participa no projecto através da BP Solar, como fornecedora de tecnologia.

Consumo de energia cresceu 4,3% em 2004

Estas declarações foram proferidas durante a apresentação do «BP Statistical Review of World Energy 2005», um relatório que revela que o consumo de energia primária (que inclui petróleo, gás natural, carvão, energia hidroeléctrica e energia nuclear) cresceu 4,3% no ano passado, o maior aumento anual desde 1984.

No caso do petróleo o consumo aumentou em 3,4% no ano passado, impulsionado sobretudo pela procura chinesa e pelos receios de que a oferta não fosse suficiente para corresponder à procura. «Apesar da especulação e do alarmismo, a verdade é que o aparelho produtivo foi capaz de responder às necessidades», disse António Comprido.

Quanto à evolução dos preços do petróleo, os responsáveis da BP apoiam-se nas opiniões dos analistas. «Há a convicção generalizada que a curto prazo, num espaço de cinco anos, os preços se mantenham na casa dos 50 dólares por barril, podendo a médio prazo recuar para o patamar dos 40 dólares», afirmou António Comprido.

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