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BlackRock vai cortar 500 empregos. Gestora de ativos não despedia há 4 anos
Desde 2019 que a maior gestora de ativos do mundo não reduzia postos de trabalho. Incerteza económica, com sombra de recessão, levou à decisão.
A gestora de ativos norte-americana BlackRock planeia dispensar 500 funcionários, o que corresponde a cerca de 2,5% da sua força de trabalho global. Isto depois de ter tido de lidar, no ano passado, com uma forte queda nos mercados acionista e obrigacionista.
"A incerteza que nos rodeia torna mais importante do que nunca que nos antecipemos à mudança no mercado e nos foquemos em atender as necessidades dos nossos clientes", escreveram o CEO Larry Fink e o presidente Rob Japito, num memorando a que a Bloomberg teve acesso.
Esta será a primeira ronda de redução de postos de trabalho desde 2019 e, ainda assim, as despesas com pessoal manter-se-ão 5% acima das registadas há um ano, refere a agência.
Aquela que é a maior gestora de ativos do mundo, e que está sediada em Nova Iorque, vai divulgar as suas contas do quarto trimestre (e anuais) na sexta-feira – dia em que o setor financeiro norte-americano dá o pontapé de arranque na divulgação dos resultados. E será em força, já que no mesmo dia apresentam os seus números outros grandes nomes do setor, como o Bank of America, Wells Fargo, Citigroup e JPMorgan.
Nos últimos tempos, várias grandes empresas de Wall Street têm anunciado plano de para reduzirem o seu pessoal, num contexto de maior incerteza económica e com ameaça de recessão – ditada pela subida da inflação e pelo ciclo de subida dos juros diretores por parte dos principais bancos centrais.
Foi o caso do Goldman Sachs, que vai proceder a um dos maiores cortes de empregos, já que visa eliminar cerca de 3.200 postos de trabalho. E é o caso também, falando de outros setores, da Ford – havendo igualmente uma nuvem negra a ameaçar cargos na Intel e Tesla.