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BES.BPI não têm capacidade de resposta para o BCP/Atlântico

Segundo uma consulta efectuada pelo Canal de Negócios aos seus leitores, durante a semana passada, o BES e o BPI não tem capacidade de resposta face aos movimentos de concentração do Grupo BCP/Atlântico.

24 de Janeiro de 2000 às 13:23
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Segundo uma consulta efectuada pelo Canal de Negócios aos seus leitores, durante a semana passada, o Banco Espírito Santo (BES) e o Banco Português de Investimento (BPI) não tem capacidade de resposta face aos movimentos de concentração do Grupo BCP/Atlântico. Pelo menos esta foi a opinião de 84% dos nossos leitores num universo de 16.061 votantes.

No entanto, é de referir que na mesma semana o BES e o BPI responderam já ao Grupo BCP/Atlântico ao anunciaram uma fusão entre as duas instituições financeiras, dando origem ao BES.BPI. Do mesmo modo, o BES.BPI afirmou também que «encara a possibilidade de entrar na corrida à aquisição do BPSM», constituindo assim uma resposta ao Grupo BCP/Atlântico, que mantém uma oferta pública de aquisição sobre esta instituição. Aliás, quem garantir a aquisição do BPSM será a instituição financeira privada líder em Portugal.

Esta opinião, foi também manifestada por um analista contactado pelo Canal de Negócios, que afirmou que «embora a semana passada estas duas instituições tenham anunciado uma fusão, o que é certo é que o Grupo BCP/Atlântico tem uma estratégia muito mais agressiva do que o BES.BPI». Para este analista, «mesmo perante um cenário de aquisição do Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM), o Grupo BCP/Atlântico ficará à frente em termos comerciais, isto é, o BCP/Atlântico apresenta vantagens competitivas muito superiores ao BES.BPI».

«A fusão entre as duas instituições foi positiva, embora o mercado não esteja já a sentir de imediato os seus efeitos», explicou este analista, acrescentando ainda que «na minha opinião, esta operação foi de reacção à fusão do BCP/Atlântico com o Banco Mello, pois foi pouco clara e transparente».

Na opinião deste especialista «existe ainda a possibilidade da venda do BPSM não se realizar. De facto a intervenção do Governo foi negativa, pois a aliança com a banca espanhola era inevitável, e o que é certo é que o pacto anteriormente estabelecido entre o António Champalimaud e o Banco Santander Central Hispano (BSCH), foi transfigurado para uma espécie de fusão, com a aquisição total do capital das instituições financeiras portuguesas, por parte do Banco Santander Central Hispano (BSCH). Perante a fusão do BES.BPI, a atribuição do BPSM, vai provocar desequilíbrios no mercado e não creio que este banco seja atribuído à banca espanhola, pois é voltar à “estaca zero”. A intervenção do Governo veio complicar o processo e agora está mais difícil de descomplicar».

As acções do BES cotavam, às 12h23, nos 28,37 euros (5.687 escudos), que corresponde a uma desvalorização de 0,04%, enquanto os títulos do BPI negociavam nos 4,1euros (821 escudos), sem registar variações no seu peço face ao fecho de sexta-feira.

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