Notícia
BE considera encerramento da Galp de Matosinhos "decisão completamente selvagem"
"O que está em curso [fecho da refinaria] é uma decisão completamente selvagem da administração da Petrogal quer no método, na medida em que os trabalhadores não foram minimamente envolvidos na discussão, quer nas consequências, nomeadamente no despedimento de 500 trabalhadores e 1.000 prestadores de serviço", afirmou José Soeiro.
04 de Janeiro de 2021 às 18:25
O deputado do Bloco de Esquerda (BE) José Soeiro disse hoje que encerrar a Galp de Matosinhos, no distrito do Porto, é uma "decisão completamente selvagem", sobretudo pelo "impacto brutal" que terá na vida dos trabalhadores.
"O que está em curso [fecho da refinaria] é uma decisão completamente selvagem da administração da Petrogal quer no método, na medida em que os trabalhadores não foram minimamente envolvidos na discussão, quer nas consequências, nomeadamente no despedimento de 500 trabalhadores e 1.000 prestadores de serviço", afirmou.
O bloquista falava à Lusa no seguimento de uma reunião com a Comissão de Trabalhadores da Petrogal.
Para o parlamentar, esta decisão não tem efeito nenhum do ponto de vista das reduções das emissões de dióxido de carbono porque o encerramento da refinaria não significa que Portugal vá deixar de consumir os produtos lá produzidos, dado que não há nenhum plano sobre alterações de padrões de consumo.
O que este fecho vai provocar é o aumento do desemprego, uma maior dependência externa e uma desindustrialização a Norte, ressalvou.
Na sua opinião, é necessário fazer a transição energética, mudar os padrões de consumo e reduzir as emissões de carbono, mas o fecho da refinaria "não tem efeitos nisto".
"Parece-nos que é um erro grave que se apresente a transição energética como ameaça ao emprego e direitos de trabalhadores", vincou.
José Soeiro entendeu que o Governo devia intervir "mais seriamente" neste processo porque tem o papel de regulador e o de segundo maior acionista da Petrogal.
Neste momento, o deputado realçou estar a aguardar a ida do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, à Assembleia da República para dar explicações sobre este processo.
Os trabalhadores da refinaria têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento.
"Já está programada uma iniciativa de concentração de trabalhadores com saída desde a refinaria até aos Paços do Concelho de Matosinhos, depois iremos concentrar-nos em Lisboa, em princípio na porta do senhor primeiro-ministro, que até ao momento está calado e foi a primeira pessoa a saber desta decisão por parte da administração", afirmou Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte), a 30 de dezembro.
Anteriormente, na reunião da Câmara Municipal de Matosinhos, o responsável pela refinaria da Galp de Matosinhos, José Silva, afirmou que a decisão de encerramento "está tomada e fechada" e que para o complexo não está previsto "nenhum projeto de refinação de lítio".
"Esta não é uma decisão reversível pelos fundamentos que foram analisados e valorizados pelo Conselho de Administração. A decisão está tomada e fechada", reforçou.
"O que está em curso [fecho da refinaria] é uma decisão completamente selvagem da administração da Petrogal quer no método, na medida em que os trabalhadores não foram minimamente envolvidos na discussão, quer nas consequências, nomeadamente no despedimento de 500 trabalhadores e 1.000 prestadores de serviço", afirmou.
Para o parlamentar, esta decisão não tem efeito nenhum do ponto de vista das reduções das emissões de dióxido de carbono porque o encerramento da refinaria não significa que Portugal vá deixar de consumir os produtos lá produzidos, dado que não há nenhum plano sobre alterações de padrões de consumo.
O que este fecho vai provocar é o aumento do desemprego, uma maior dependência externa e uma desindustrialização a Norte, ressalvou.
Na sua opinião, é necessário fazer a transição energética, mudar os padrões de consumo e reduzir as emissões de carbono, mas o fecho da refinaria "não tem efeitos nisto".
"Parece-nos que é um erro grave que se apresente a transição energética como ameaça ao emprego e direitos de trabalhadores", vincou.
José Soeiro entendeu que o Governo devia intervir "mais seriamente" neste processo porque tem o papel de regulador e o de segundo maior acionista da Petrogal.
Neste momento, o deputado realçou estar a aguardar a ida do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, à Assembleia da República para dar explicações sobre este processo.
Os trabalhadores da refinaria têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento.
"Já está programada uma iniciativa de concentração de trabalhadores com saída desde a refinaria até aos Paços do Concelho de Matosinhos, depois iremos concentrar-nos em Lisboa, em princípio na porta do senhor primeiro-ministro, que até ao momento está calado e foi a primeira pessoa a saber desta decisão por parte da administração", afirmou Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte), a 30 de dezembro.
Anteriormente, na reunião da Câmara Municipal de Matosinhos, o responsável pela refinaria da Galp de Matosinhos, José Silva, afirmou que a decisão de encerramento "está tomada e fechada" e que para o complexo não está previsto "nenhum projeto de refinação de lítio".
"Esta não é uma decisão reversível pelos fundamentos que foram analisados e valorizados pelo Conselho de Administração. A decisão está tomada e fechada", reforçou.