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BCP usou sociedade imobiliária para esconder perdas das "off-shores"

O BCP usou uma sociedade imobiliária controlada pelo próprio banco para esconder as perdas decorrentes da utilização irregular de sociedades “off-shores” para financiar a compra de acções próprias. Prejuízos que terão superado os 200 milhões de euros e qu

14 de Fevereiro de 2008 às 19:17
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O BCP usou uma sociedade imobiliária controlada pelo próprio banco para esconder as perdas decorrentes da utilização irregular de sociedades "off-shores" para financiar a compra de acções próprias. Prejuízos que terão superado os 200 milhões de euros e que ainda não foram totalmente reconhecidos nas contas da instituição agora liderada por Carlos Santos Ferreira.

Ao que o Jornal de Negócios apurou, a Comercial Imobiliária, criada no final dos anos 80 e através da qual o BCP está a participar no projecto de reconstrução da Baía de Luanda, adquiriu os títulos do banco que eram detidos pelas "off-shores", por forma a permitir a liquidação daqueles veículos. Esta transacção gerou perdas que terão superado os 200 milhões de euros, que terão sido disfarçadas através da reavaliação do projecto imobiliário em curso na capital angolana.

Terá sido na sequência destas operações que a Comercial Imobiliária procedeu, no primeiro semestre de 2007, a um aumento de capital de 207,7 milhões de euros. Um reforço "realizado por entradas em espécie [feitas] por actuais e novos accionistas", refere o anúncio publicado pela sociedade imobiliária no Portal do Ministério da Justiça.

Ao que o Jornal de Negócios apurou, o reforço de capital terá sido concretizado através da conversão de dívida anteriormente emitida pela sociedade em capital. Numa fase anterior, a Comercial Imobiliária tinha emitido papel comercial (dívida de curto prazo). Os subscritores destes títulos de dívida tê-los-ão devolvido à sociedade recebendo em troca as novas acções emitidas no aumento de capital.

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