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BCP só aceita dois remédios na OPA ao BPI

O BCP já entregou à Autoridade da Concorrência (AdC) a sua proposta de versão final dos remédios necessários à viabilização da oferta pública de aquisição (OPA) que lançou no dia 13 de Março de 2006 sobre o BPI. Teixeira Pinto aceita sair da Unicre e vend

14 de Fevereiro de 2007 às 08:20
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O BCP já entregou à Autoridade da Concorrência (AdC) a sua proposta de versão final dos remédios necessários à viabilização da oferta pública de aquisição (OPA) que lançou no dia 13 de Março de 2006 sobre o BPI. Teixeira Pinto aceita sair da Unicre e vender balcões para conseguir a aprovação da Autoridade da Concorrência.

Segundo o "Diário Económico" apurou, o documento foi remetido ao regulador no final do dia de segunda-feira. E nesse documento, pode ler-se que o banco presidido por Paulo Teixeira Pinto aceita sair do capital da Unicre, criando uma empresa de ‘acquiring’ de cartões de crédito, bem como vender balcões e o seu respectivo negócio, desde que situados em localidades onde existam poucos bancos a operar, para além do BCP e do BPI.

Serão estas as duas principais condições que o maior banco privado português está disposto a aceitar para tentar a fusão com o BPI. Como foi dito por Paulo Teixeira Pinto, pouco depois da ofensiva lançada sobre o seu rival, o BCP não está disposto a aceitar condições que desvirtuem o racional estratégico da operação. É impossível saber se estes remédios beliscam ou não o projecto inicial do BCP, percebendo-se, para já, uma evidência: apesar de ter garantido que não estaria disposto a negociar nenhum remédio, Paulo Teixeira Pinto acabou por fazê-lo.

Em relação à venda de balcões, o seu número e a determinação ou não de regras ditará, no entanto, a dimensão do remédio, pelo que a decisão da AdC será, nesta matéria, relevante para calcular o seu impacto para o BCP. Se em causa estiverem, de facto, cerca de 60 balcões, trata-se de cerca de 10% da rede actual do BPI.

Abel Mateus, presidente da AdC, ainda não se pronunciou sobre esta operação, o que, partindo do pressuposto de que a informação entregue pelo BCP anteontem é suficiente, deverá fazê-lo brevemente. Para já, é dado como quase certo que o presidente da AdC não irá inviabilizar a OPA que o BCP lançou sobre o BPI, mas, até ao anúncio formal da decisão, o inesperado pode sempre acontecer. Ou seja, não é totalmente seguro – contra o que é hoje expectável –, que a AdC se sinta totalmente confortável com esta proposta do BCP.

Neste pingue-pongue entre BCP e AdC, que tem motivado sucessivos atrasos no calendário da operação, a bola parece estar, nesta fase, do lado do regulador, a quem compete tomar uma decisão: opôr-se ou não à eventual operação de concentração entre os dois bancos.

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