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BCP quer crescimento de 50% até 2004 em França

O Banque BCP quer crescer 50% até 2004, no que respeita ao número de clientes, e pretende aumentar a eficiência, revelou em conferência de imprensa João Raimundo Lopes, responsável pela filial do BCP em França.

15 de Novembro de 2002 às 17:00
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O Banque BCP quer crescer 50% até 2004, no que respeita ao número de clientes, e pretende aumentar a eficiência em consonância com os rácios de «cost-to-income» praticados pela generalidade da banca francesa, revelou em conferência de imprensa João Raimundo Lopes, responsável pela filial do Banco Comercial Português (BCP) em França.

A unidade francesa da instituição liderada por Jardim Gonçalves, detida a 100% pela casa mãe, conta actualmente com cerca de 130 mil clientes, dos quais 10 mil são empresas e os restantes são portugueses ou luso descendentes, pretendendo alcançar, no final de 2004, um total de 200 mil.

Este crescimento, a ser concretizado, permitirá manter uma quota de mercado de cerca de 50%, do universo dos clientes portugueses ou luso descendentes com contas em bancos nacionais e que, actualmente, ascende a 900 mil. Deste total, apenas cerca de 300 mil têm uma conta aberta junto de uma instituição financeira nacional em território francês.

«Para 2004, prevemos aumentar o número de clientes para os 200 mil (…) e colocar o ‘cost-to-income’ aos níveis médios da banca francesa, que ronda os 70% », explicou aos jornalistas Raimundo Lopes, acrescentando que a elevada taxa de custos sobre os proveitos em França é mais alta que a média nacional devido «à legislação local».

O objectivo foi anunciado depois de um ano e meio de reestruturação que obrigou a investimentos de 20 milhões de euros na uniformização de sistemas informáticos, lay-out das agências, para além da integração das várias marcas do grupo presentes no país que reúne a maior comunidade portuguesa além fronteiras.

Em Abril de 2001, o BCP viu-se confrontado com a necessidade de se reestruturar em território francês, devido às aquisições realizadas nos últimos anos, pelo que contava com quatro marcas distintas em França: Sottomayor, Atlântico e Nova Rede, estas duas últimas sob a alçada do Banco Popular Comercial. Esta operação resultava de uma «joint venture» em partes iguais detidas pelo BCP e o espanhol Banco Popular.

Desfeita a parceria com o Banco Popular, o Banque BCP passou a operar directamente as marcas comercializadas em Portugal, Atlântico, Sottomayor, Mello e Nova Rede. O Banque BCP conta com 63 agências espalhadas por toda a França, sendo a região da grande Paris a que concentra o maior número de balcões, ou seja, 40.

«Não prevemos aumentar o número de agências», uma vez que cobrimos os pólos principais de presença dos portugueses em França, explicou Christopher de Beck, vice-presidente do grupo para a área internacional.

As alterações fazem parte de uma estratégia que visava mudar o conceito anterior do banco, que vivia essencialmente das transferências das remessas de emigrantes para Portugal, para passar a disponibilizar mais serviços como a concessão de crédito e outras aplicações financeiras comercializadas pelas marcas do grupo.

«Queremos tornarmo-nos no banco de referência da comunidade portuguesa em França», especificou de Beck.

No final de 2001, os recursos captados ascenderam aos 946 milhões de euros, dos quais 323 milhões foram transferidos para Portugal. Para este ano, o banco espera alcançar um património dos clientes de mil milhões de euros, dos quais 500 milhões de euros, ou seja, 50% serão enviados para Portugal.

O crédito concedido em 2001 ascendeu aos 449,7 milhões de euros, cerca de 1% do total do grupo que totalizou os 42,93 mil milhões de euros.

O BCP fechou nos 2,36 euros a subir 4,42 euros.

Por Ricardo Domingos

O jornalista viajou a Paris a convite do BCP

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