A negociação das acções do Banco Comercial Português (BCP) terminou mais cedo, uma hora antes do habitual. Os títulos do banco perderam "terreno", numa sessão atípica em termos de liquidez, dado que maior parte do capital está cativo para que os accionistas possam votar na decisiva AG que começou à instantes.

Às 15h30, altura em que teve início a Assembleia Geral (AG) de accionistas do banco, a sessão bolsista terminou para os títulos do BCP [bcp]. As acções do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto fecharam com tendência negativa, recuando 0,54% para os 3,66 euros.

A descida do papel fez-se com pouco volume. Na negociação de hoje transaccionaram-se 6,2 milhões de acções do BCP, o que compara com a média diária de 29,4 milhões de títulos nos últimos seis meses. Esta foi a sessão menos líquida do BCP desde 22 de Fevereiro. Foram negociados 22,87 milhões de euros em acções do banco

O fraco volume (e, consequentemente, fraca liquidez), ficou a dever-se a dois factores. Por um lado, os investidores evitaram tomar decisões antes da AG, por outro, e talvez o principal, porque a grande maioria do capital social do banco está cativo.

Os accionistas que quiseram estar presentes na AG que começou à instantes, tiveram de bloquear os seus títulos para que estes pudessem ser admitidos para voto na reunião magna do banco.

Esta AG atraiu o interesse de muitos accionistas do banco, dada a importância da mesma, já que opõe duas facções. De um lado está Paulo Teixeira Pinto, CEO do BCP, e os seus apoiantes (Joe Berardo, entre outros), do outro, Jardim Gonçalves, o fundador do banco e os seus aliados.

Em discussão estão, entre outros pontos, a alteração do modelo de governação do maior banco privado português e o alargamento do Conselho de Administração do BCP.