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BCP compra Grupo Mello por 1,26 mil milhões de euros

O Grupo BCP/Atlântico comprou as participações financeiras do Grupo Mello por 1,26 mil milhões de euros (252,8 milhões de contos), isto é, o montante final da operação que deverá estar finalizada em 31 de Maio.

11 de Janeiro de 2000 às 13:23
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O Grupo BCP/Atlântico comprou o Banco Mello por 1,26 mil milhões de euros (252,8 milhões de contos), isto é, o montante final da operação que deverá estar finalizada em 31 de Maio.

A operação consiste no Banco Comercial Português (BCP) adquirir 100% da Uniparticipa, «holding» que detém 51% do Banco Mello, por 304,3 milhões de euros (61 milhões de contos) e 100% da Finimper, «holding» que controla 51% do capital da Império, no valor de 189,5 milhões de euros (38 milhões de contos). No entanto o grupo de Jardim Gonçalves assume de 149,6 milhões de euros (30 milhões de contos) de endividamento da Uniparticipa.

Quanto à operação no mercado de capitais, o Grupo BCP/Atlântico, realizará uma oferta pública de troca (OPT), oferecendo um preço de 11,5 euros (2.305 escudos) por cada acção do Banco Mello, que corresponde a um prémio de 24%, face à cotação de 7 de Janeiro, ou então oferece 213 acções do BCP por cada 100 da instituição bancária liderada por Francisco Lacerda. Quanto à seguradora Império, o preço oferecido será de 8,25 euros (1.653 escudos) por cada acção, que corresponde a um prémio de 26% face à cotação de 7 de Janeiro, ou então oferece 153 títulos do BCP por cada 100 da Império.

O total de activos será de 40,7 mil milhões de euros (8,155 mil milhões de contos) e o valor acrescentado da operação é de 118,2 milhões de euros (23,7 milhões de contos), que será repartido em 70,8 milhões de euros (14,2 milhões de contos) no sector dos bancos e 47,4 milhões de euros (9,5 milhões de contos) nos seguros. O valor acrescentado será repartido em 62% na integração em infra-estruturas comuns, 25% na racionalização de plataformas de distribuição e 13% na partilha de melhores práticas no alargamento da base de clientes.

A nível de quota de mercado, o Grupo BCP/Atlântico e Banco Mello passarão a deter em conjunto 18% do montante dos depósitos, caso a oferta pública de aquisição (OPA) sobre o Banco Pinto & Sotto Mayor (BPSM) tenha sucesso a quota atingirá os 25%. A nível de crédito, o grupo de Jardim Gonçalves com o Banco Mello deterão 24% e 29%, caso a confirmação da OPA sobre o BPSM.

A nível de sucursais, o BCP/Atlântico em conjunto com o Banco Mello deterão 23%, e 29%, se integrar o BPSM, contra os 16% detidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Por fim, no sector dos seguros, o Grupo BCP/Atlântico e Grupo Mello assumirão a liderança na Península Ibérica. A quota em Portugal no ramo «vida» do grupo de Jardim Gonçalves com a Império passará a ser de 29%, enquanto no ramo «não vida» será de 25%.

Depois de concretizada a operação, a marca Banco Mello será extinta, bem como serão retiradas de cotação os títulos da seguradora Império e do Banco Mello. No entanto a marca Império continuará a actuar no mercado, pois segundo Jardim Gonçalves é a melhor marca no mercado nacional.

Todos os títulos envolvidos nesta operação continuam suspensos de cotação na Bolsa de Valores de Lisboa (BVL).

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