Notícia
Banif aumenta prejuízos para 196 milhões de euros no semestre
O Banif fechou o primeiro semestre do ano com um prejuízo de 196 milhões de euros, agravando assim os resultados negativos registado há um ano. A contribuir para este resultado esteve a queda da margem financeira e o aumento das provisões e imparidades.
O Banif aumentou os prejuízos de 124,6 milhões de euros para 196 milhões, no primeiro semestre do ano quando comparado com igual período do ano passado, de acordo com o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) na sexta-feira à noite.
A margem financeira do banco caiu 24,5% para 68 milhões de euros quando comparado com igual período do ano passado. Mas quando analisados os números trimestrais, a margem financeira do banco aumentou.
Já o produto bancário cresceu 9,6% para 143,6 milhões de euros, tendo igualmente melhorado em termos trimestrais.
A penalizar os resultados do banco esteve o aumentou das provisões e imparidades. O Banif explica que as dotações para provisões e imparidades ascenderam a 222,1 milhões de euros, devido à “operação creditícia no Brasil, no montante de 78,7 milhões de euros” e ao “reforço adicional na área doméstica resultante de uma auditoria prudencial transversal a todos os bancos realizada por indicação do Banco de Portugal, no montante de 61,1 milhões de euros, registado no 2º trimestre.”
“Os rácios de capital continuam em níveis elevados e ligeiramente acima dos registados em Dezembro, tendo o rácio Core Tier 1 encerrado o semestre em 11,24%, confortavelmente acima dos limites prudenciais. Considerando o aumento de capital realizado em Julho de 100 milhões de euros, o rácio Core Tier 1 seria de 12,2%”, adianta o banco liderado por Jorge Tomé.
O banco reduziu o crédito a clientes diminuiu 4,7% para 10,4 mil milhões de euros. Os recursos de clientes também caíram em 8,2% para 7,9 mil milhões de euros, sendo que para este comportamento contribuiu a queda de 7,7% dos depósitos para 7,1 mil milhões de euros.
O banco aumentou a sua dependência face ao Banco Central Europeu (BCE), tendo terminado o semestre com 3,5 mil milhões de euros de empréstimos junto da autoridade, o que corresponde a um aumento de 27,7% face ao mesmo período do ano passado.