Notícia
Banco de Portugal reforça provisões para evitar prejuízos
Em 2022 a instituição terá obtido resultados operacionais superiores a 600 milhões de euros. A ideia será a de usar muita cautela na almofada a reservar.
O Banco de Portugal deverá reforçar provisões para evitar prejuízos nas contas de 2023, avança nesta terça-feira o Eco.
Segundo o jornal, a instituição liderada por Mário Centeno deverá assim constituir-se como exceção num cenário de perdas avultadas para os bancos centrais em face da subida das taxas de juros pagas sobre depósitos dos bancos comerciais e de rendimentos mais baixos da dívida que mantêm nos balanços.
O Eco avança que em 2022 o Banco de Portugal terá obtido resultados operacionais superiores a 600 milhões de euros, valor sobre o qual há a deduzir impostos e provisões por eventuais contingências. A ideia será a de usar muita cautela na almofada a reservar, diz.
O Banco de Portugal não indica qual o valor a pôr de parte, mas remete para declarações recentes de Mário Centeno sobre os resultados do último ano, dando conta da queda, "de uma forma substancial" nos resultados e dividendos. O Governo espera recolher 240 milhões de euros em dividendos, numa descida de 40% face ao ano anterior.
O risco de resultados negativos é o de perda de credibilidade para os bancos centrais ou mesmo de eventual ameaça à independência das instituições na necessidade de uma injeção de capital por parte do Estado, segundo alerta o economista Miguel Faria de Castro, citado pelo Eco.