Notícia
Banca portuguesa reduziu financiamento junto do BCE para menos de metade em dois meses
Subida das taxas de juro levou as instituições financeiras a abaterem antecipadamente 26 mil milhões de euros aos valores obtidos nas operações de refinanciamento.
No intervalo de dois meses, os bancos portugueses reduziram o valor em dívida obtido em operações de refinanciamento no BCE para menos de metade. Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) publicados nesta terça-feira, o montante passou de 40,8 mil milhões de euros em outubro de 2022 para 16 mil milhões no final de dezembro do mesmo ano.
"Após dois anos de aumentos sucessivos do financiamento concedido pelo Eurosistema, em 2022, as subidas das taxas de juro pelo BCE levaram vários bancos a amortizar antecipadamente os montantes obtidos através das operações de refinanciamento", escreve o supervisor, acrescentando que "durante o ano, este tipo de financiamento reduziu-se 25,9 mil milhões de euros, para 16,1 mil milhões de euros, dos quais 16 mil milhões de euros diziam respeito a operações de refinanciamento de prazo alargado".
Ao longo da crise pandémica, as instituições financeiras aumentaram significativamente o financiamento junto do BCE a taxas de juro muito baixas ou mesmo negativas.
Entre o final de 2021 e meados de 2022, o valor chegou ao máximo de 41,8 mil milhões, muito acima dos cerca de 17 mil milhões que se verificavam em fevereiro de 2020, imediatamente antes da pandemia.
Depois do aumento das taxas de juro, e para que este financiamento não se tornasse uma fonte de retorno fácil, o BCE apertou as regras de concessão de financiamento às instituições financeiras.
"Após dois anos de aumentos sucessivos do financiamento concedido pelo Eurosistema, em 2022, as subidas das taxas de juro pelo BCE levaram vários bancos a amortizar antecipadamente os montantes obtidos através das operações de refinanciamento", escreve o supervisor, acrescentando que "durante o ano, este tipo de financiamento reduziu-se 25,9 mil milhões de euros, para 16,1 mil milhões de euros, dos quais 16 mil milhões de euros diziam respeito a operações de refinanciamento de prazo alargado".
Entre o final de 2021 e meados de 2022, o valor chegou ao máximo de 41,8 mil milhões, muito acima dos cerca de 17 mil milhões que se verificavam em fevereiro de 2020, imediatamente antes da pandemia.
Depois do aumento das taxas de juro, e para que este financiamento não se tornasse uma fonte de retorno fácil, o BCE apertou as regras de concessão de financiamento às instituições financeiras.