Kevin Costner, actor, fez uma incursão num mundo diferente, ao anunciar este ano que detinha aparelhos capazes de ajudar a BP a limpar a maré negra decorrente da explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon no Golfo do México.

O acidente ocorreu a 20 de Abril e o poço danificado esteve a derramar crude durante três meses, até a petrolífera conseguir tapá-lo.

Nas operações de limpeza, a BP apostou nos mais variados meios e um deles foi o recurso às centrifugadoras vendidas por Costner. Acontece que Costner fechou um acordo para a venda de 32 das suas centrifugadoras à BP, tendo recbido um adiantamento de 18 milhões de dólares, sem o comunicar aos seus sócios, acusam Baldwin e Contogourist, citados pela Associated Press.

Baldwin e o seu amigo detinham acções da Ocean Therapy Solutions, a empresa que vendeu as centrifugadoras à BP. Mas ambos foram deliberadamente excluídos de uma reunião, a 8 de Junho, entre Costner, o seu sócio comercial Patrick Smith e um executivo da BP, Doug Suttles, dizem os autores da acção intentada no tribunal federal do Louisiana.

Nessa reunião, diz a acusação citada pela Associated Press, Suttles concordou em fazer um depósito de 18 milhões de dólares como adiantamento da encomenda das 32 centrifugadoras no valor de 52 milhões de dólares. E foi com esse dinheiro que comprou as acções que Baldwin e Contogourist detinham na Ocean, pelo que ambos os accionistas se sentem ludibriados.

Baldwin e Contogourist afirmam que não tinham qualquer conhecimento do acordo com a BP quando, três dias depois, concordaram em vender as suas acções da Ocean por 1,4 milhões e 500 mil dólares, respectivamente.

Os responsáveis pela acusação dizem que tinham dinheiro a uma parcela do depósito da BP. Em vez disso, Costner e Smith decidiram armar um esquema e usar esse dinheiro para comprar as acções dos dois amigos, acusam. Tanto Badwin como Contogourist venderam toda a posição que detinham na empresa, refere a “Forbes”.