A proposta de compra da operadora de telecomunicações Sprint pela WorldCom por 142,6 mil milhões de dólares (151 mil milhões de euros ou 30,27 mil milhões de contos) foi posta hoje em causa em tribunal pela autoridades norte-americanas, com o objectivo de bloquear a transacção.

O departamento de justiça mostrou-se preocupado com o aumento da concentração no mercado onde a A&T, WorldCom e a Sprint controlam 80% das vendas.

O argumento é que a concentração prejudica os consumidores, uma vez que incentiva as empresas a praticarem preços mais elevados, qualidade inferior nos serviços prestados e um menor incentivo à inovação.

As áreas onde os problemas de violação das leis anti-monopolistas se evidenciam, segundo o departamento de justiça, incluem o serviço de chamadas de longa distância, serviço internacional de telecomunicações, base de dados para negócios e a Internet.

Segundo os analistas, se a compra não for para a frente, a empresa poderá mudar a vertente do seu negócio focando-se em negócios mais lucrativos. A Sprint poderá ser comprada por uma companhia de telecomunicações local ou por uma companhia internacional como a France Telecom ou a Deutsche Telecom.

As acções da WorldCom valorizavam 5,67%, às 18h00.