Esta recomendação da AR vai no sentido de Portugal não colocar em risco qualquer apoio a fundos comunitários, como é explicado na resolução publicada hoje em Diário da República.

A Assembleia da República “resolveu” recomendar ao Governo que “concretize através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações a continuação das obras do sistema de mobilidade do Mondego em 2011, desde já nos troços Miranda do Corvo/Serpins e Alto de São João/Miranda do Corvo e a prossecução do projecto relativo à linha urbana em Coimbra”, lê-se em Diário da República.

É ainda recomendado que se “proceda à concretização de todos os compromissos assumidos de molde a não colocar minimamente em risco o acesso aos fundos afectados pelo QREN à concretização do sistema de mobilidade do Mondego”.

Em Janeiro, no Parlamento, António Mendonça, ministro das Obras Públicas, havia admitido que “os investimentos de cerca de cinco mil milhões de euros que estavam previstos pela Refer para as linhas ferroviárias nacionais terão que ser recalendarizados dadas as condições de restrição orçamental actuais.

Segundo o ministro não é possível avançar com todos os planos, mas o governante comprometeu-se a “cumprir com as responsabilidades [no Metro do Mondego]. Pararam certos aspectos da obra mas continua em Serpins e Lousã. Vamos concretiza-lo de acordo com as restrições”.


O Governo está a cortar em vários investimentos públicos, tendo optado por reformular o projecto do metro ligeiro em Coimbra, depois já do início do processo.