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API diz portugueses são produtivos quando enquadrados em estratégia

A mão-de-obra nacional é flexível e produtiva desde que devidamente enquadrada a um modelo organizativo que o pressuponha, afirmou hoje o presidente do Conselho Executivo da Agência Portuguesa de Investimento (API), Fernando Costa Lima.

12 de Maio de 2003 às 19:11
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A mão-de-obra nacional é flexível e produtiva desde que devidamente enquadrada a um modelo organizativo que o pressuponha, disse, esta tarde, o presidente do Conselho Executivo da Agência Portuguesa de Investimento (API), Fernando Costa Lima.

As declarações de Costa Lima surgem no mesmo dia em que, segundo o Eurostat, Portugal apresentava em 2000 a mais baixa produtividade no sector de serviços, quando comparado com os seus parceiros comunitários. Enquanto em Portugal, em média uma hora trabalhada rendia às empresas de serviços 11 euros, entre os Quinze a cifra mais que duplicava, atingindo 24 euros.

Para Costa Lima, «a mão-de-obra nacional quando devidamente enquadrada a um modelo organizativo e quando existe um mercado que escoa os produtos é tanto ou mais flexível e produtiva que a mão-de-obra de outros países da Europa».

Costa Lima deu o exemplo de uma fábrica conhecida de máquina fotográficas instalada em Portugal, cuja a identidade não quis avançar, mas que o Negocios.pt apurou ser da marca Leica que fabrica artigos ópticos. A fábrica «tem tanto ou mais produtividade do que as filiais da mesma empresa noutros países», frisou Costa Lima.

Para o responsável da entidade que pretende captar mais e melhor investimento directo estrangeiro para Portugal a falta de produtividade está associada a modelo de organizacionais deficientes, que não a estimulam.

É desta forma que o presidente do Conselho Executivo da API quer projectar a imagem do país. Os trabalhadores não são responsáveis pela reduzida produtividade face aos congéneres europeus. A responsabilidade, segundo Costa Lima, recai sobre os gestores e as suas políticas.

Numa conferência hoje realizada em Lisboa subordinada ao tema: «A imprensa internacional como factor de desenvolvimento económico», Costa Lima admitiu recorrer à comunicação social para «detectar oportunidades para ganhar projectos para Portugal».

Apelou à imprensa estrangeira para divulgar «também o que Portugal tem de bom. É que há uma tendência para se divulgar as más notícias», desabafou o mesmo responsável.

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