Jean Marie Messier, ex-presidente executivo da Vivendi Universal – empresa francesa que opera na área dos media e das telecomunicações – foi interrogado pela polícia em Paris, como parte de uma investigação às finanças da empresa sob a sua gestão, disse a porta-voz da Vivendi à Bloomberg.

O antigo presidente da empresa detentora da maior companhia mundial de música – Universal Music Group – e da segunda maior operadora de telemóveis de França – SFR – compareceu esta manhã na polícia, revelou Elie Kleiman, advogado de Messier, acrescentando que este último tinha pedido para ser incluído na investigação há três meses, «uma vez que ele é a única maneira de se ter acesso ao ficheiro».

O procurador de Paris iniciou a investigação em Outubro de 2002 para averiguar se a Vivendi tinha publicado contas falsas em 200 e 2001 e se tinha dado previsões erróneas nesses anos. Como parte da investigação, os juízes franceses estão a analisar a compra de 21 milhões de acções próprias da Vivendi em Setembro e Outubro de 2001.

Messier, que deixou a Vivendi em Julho de 2002, disse em Março deste ano que a compra de acções próprias era responsabilidade sua, pedindo para ser incluído na investigação como os seus antigos empregados.

O ex-presidente executivo da empresa demitiu-se depois de pressionado pela administração da companhia francesa, já que nos últimos anos tinha elaborado um plano de diversas aquisições, que aumentaram a dívida da companhia francesa e provocaram uma quebra de 42 mil milhões de euros no valor da empresa só em 2002.