A empresa de contabilidade Arthur Andersen foi ontem acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) de obstrução à justiça no caso Enron, por alegadamente ter destruído documentos.

A companhia já negou as acusações que foram efectuadas ontem pelo Governo norte-americano. Nas últimas semanas, a Andersen vinha negociando com o Departamento de Justiça uma solução que evitasse a interposição de um processo judicial, mas sem sucesso.

A Securities Exchange Comission, reguladora do mercado de capitais norte-americano, encontra-se a investigar o envolvimento da Arthur Andersen no processo que levou à falência da Enron, com a firma de contabilidade a arriscar-se a ter de pagar uma multa de vários milhões de dólares.

Os analistas acreditam que o processo judicial interposto contra a empresa poderá ter colocado a Andersen mais perto da falência, depois de outras congéneres, como a Ernst & Young, se terem recusado a avançar para uma fusão com a empresa.

A Andersen garantiu entretanto que não vai apresentar um pedido de falência, mas vários analistas não acreditam que a empresa seja viável, depois da sua imagem ter sido abalada pelo caso Enron, levando à saída de vários dos seus maiores clientes.