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Álvaro Barreto convicto que refinaria de Leça tem condições para continuar
O ministro das Actividades Económicos e do Trabalho, Álvaro Barreto, está convencido de que será possível chegar a uma solução que não obrigue ao encerramento da refinaria da Galp Energia em Leça da Palmeira.
O ministro das Actividades Económicos e do Trabalho, Álvaro Barreto, está convencido de que será possível chegar a uma solução que não obrigue ao encerramento da refinaria da Galp Energia em Leça da Palmeira.
Em conferência de imprensa conjunta com o ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, realizada hoje após uma reunião de trabalho com a administração da Galp, Álvaro Barreto afastou hoje a ideia de que tivesse recebido instruções do primeiro-ministro para fechar a unidade.
O primeiro-ministro considera é fundamental assegurar a segurança de quem vive e trabalha na unidade, disse. Se não forem obtidas as garantias de segurança e respeito ambiental «poderemos encarar faseadamente o encerramento da unidade».
Na sequência das preocupações levantadas pelo incêndio ocorrido em 31 de Julho, no terminal de abastecimento a dois quilómetros da refinaria e não na instalação industrial, precisou o ministro das Actividades de Económicas, poderá ser criada uma comissão de acompanhamento para avaliar esta questão. O processo, dada a complexidade e diversidade de interessados, não demorará menos de seis meses após a nomeação dessa comissão, estimou Álvaro Barreto.
Para além das questões de segurança e ambiente, serão também ponderados eventuais impactos económicos, industriais e de abastecimento do país, de uma decisão de fecho.
Todas as entidades, garantiu Álvaro Barreto, serão ouvidas, desde os trabalhadores, passando pelas autarquias, pelas indústrias com relação à refinaria, bem como a Petrocer. Serão analisadas todas as eventuais consequências de uma eventual decisão de fecho nos compromissos e contratos estabelecidos com a futura accionista da Galp, acrescentou.
Também o presidente da Galp Energia, Ferreira do Amaral, afastou qualquer cenário de fecho da refinaria de Matosinhos. A possibilidade foi estudada pela Galp há cerca de dois anos ou três anos, tendo sido afastada por razões económicas.
Galp reconhece falhas
A Galp reconhece num documento entregue aos ministros e aos jornalistas a insuficiência dos procedimentos face àquela situação e as falhas nos meios de socorro ao incêndio, designadamente por não existir água que permitisse apagar logo as chamas.
A empresa está a reavaliar as duas questões e vai antecipar para já a realização de uma auditoria de segurança às instalações de Matosinhos, que só estava prevista para o final de 2005, tendo lançado uma consulta a três entidades internacionais de renome neste domínio.