A eliminação do critério de assimilação de energias que as empresas distribuidoras negociavam através de contratos bilaterais com entrega física, na sequência de uma alteração legal ocorrida em Espanha, fez com que a negociação no mercado diário ibérico de electricidade, gerido pelo OMEL, subisse em Março para 17 931 GWh, ou valor superior em 9 453 GWh aos que se havia registado no mês anterior.

Em Março, o preço médio de negociação do contrato de carga base no mercado diário fixou-se em Março em 29,68€/MWh, cerca de 17,5% abaixo do registado em Fevereiro.

O volume de negociação registado no mercado de futuros, gerido pelo OMIP, ascendeu a 1 327 GWh, uma quebra de 57 GWh (redução de 4%) face ao mês anterior. O preço de negociação dos contratos de futuro registou uma evolução estabilizada ao longo do mês de Março, de acordo com o relatório sobre a actividade do Mibel – mercado ibérico de electricidade em Março, hoje divulgado.

No mercado de futuros, a negociação registada durante o mês de Março reportou em 86% ao cumprimento das obrigações legais de compra em leilão por parte dos distribuidores espanhóis e do comercializador de último recurso português, tendo estes assegurado a totalidade das aquisições de energia legalmente fixadas;

Ocorreu ainda durante o mês de Março, o registo de mais um agente no mercado de futuros gerido pelo OMIP, fixando em 21 o número de membros negociadores;

De uma forma global, os preços de negociação da energia eléctrica no mercado diário e no mercado de futuros registados durante o mês de Março estiveram acima do que se observa na generalidade dos restantes mercados congéneres europeus.

O consumo registado em Portugal continental durante o mês de Março de 2007 é ligeiramente inferior ao que se verificou no mês homólogo de 2006, com uma variação negativa de cerca 0,7%;

A produção de energia eléctrica em Portugal continental em Março de 2007 esteve, de igual modo, abaixo do que se registara em Março de 2006 (menos cerca de 0,6%), verificando-se em 2007 a utilização mais significativa de fontes hídricas e renováveis (sobretudo eólica), por contraponto a uma menor utilização das centrais a gás natural.