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Alitalia mais perto da falência depois de Air France retirar oferta

A companhia aérea italiana Alitalia está cada vez mais perto da falência, depois da Air France ter desistido da oferta devido ao falhanço nas negociações com os sindicatos. Com um prejuízo de 3 mil milhões de euros em sete anos, à Alitalia resta agora 200

03 de Abril de 2008 às 09:47
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A companhia aérea italiana Alitalia está cada vez mais perto da falência, depois da Air France ter desistido da oferta devido ao falhanço nas negociações com os sindicatos. Com um prejuízo de 3 mil milhões de euros em sete anos, à Alitalia resta agora 200 milhões de euros em caixa.

A Air France terminou as negociações com os sindicatos da Alitalia, três horas antes da meia-noite de ontem, que era o prazo limite para a proposta ir em frente.

Os sindicatos consideraram a oferta "incompatível", pondo fim a cerca de 15 meses de negociações para encontrar um parceiro para comprar a Alitalia.

Em resultado do fim das negociações, o ministro das Finanças Padoa-Schioppa disse que a Alitalia poderá ter que pedir protecção contra credores. A solução poderá passar pelo recurso a uma lei especial que foi criada na altura da falência da Parmalat, em 2003. Com esta solução a Alitalia fica protegida do pagamento a credores, ao mesmo tempo que recorre a um processo de reestruturação mais radical" que o proposto pela Air France, disse o ministro das Finanças.

Com o falhanço das negociações o presidente da Alitalia, Maurizio Prato, pediu a demissão imediata. A complicar a situação, a Itália está à beira de eleições legislativas (13 e 14 de Abril).

O actual Governo, liderado por Romano Prodi, apoia a oferta da Air France, enquanto Silvio Berlusconi, que lidera as sondagens, criticou a proposta da companhia francesa e apelou aos investidores italianos para se juntarem numa oferta à Alitalia.

A Alitalia chegou a esta situação de pré-falência depois de acumular prejuízos de 3 mil milhões de euros em sete anos e poderá não ter tempo para esperar uma iniciativa de empresários italianos, como pretende Berlusconi. No final de Fevereiro tinha apenas em caixa 200 milhões de euros.

As acções da empresa estão suspensas na bolsa de Milão. No acumulado de 2008 descem 38%, avaliando a companhia em 638 milhões de euros.

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