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Alemães descartam interesse na EDP, REN e PT

E.on e RWE descartam aquisições no sector energético. Deutsche Telekom apenas olha para os mercados onde já está

19 de Junho de 2011 às 17:32
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Os consórcios energéticos e de telecomunicações alemães contactados pela Lusa negam ter interesse em participar no programa de privatizações das empresas portuguesas, no âmbito do acordo assinado com a 'troika'.
Sabine Meixner, da E.on, maior energética alemã, disse à Lusa que "não estão planeadas mais aquisições ou compras de participações" em Portugal, nomeadamente na EDP e REN, lembrando que esta empresa já está presente no país com quatro parques eólicos, na costa Oeste e no Algarve.
Uma porta voz da RWE disse também à Lusa que o grupo energético com sede na Renânia pretende continuar a apostar no noroeste e no sudeste europeu e, além disso, não tenciona fazer grandes aquisições nos próximos tempos devido à situação criada no mercado alemão pela decisão do governo de acelerar o encerramento das centrais atómicas.
A situação financeira das energéticas alemãs é tensa, não só devido à antecipação do fecho das centrais nucleares, mas também porque o governo manteve a cobrança do novo imposto sobre esta energia, sustentou a mesma fonte.

Quanto à enBW, grande energética de Baden-Wuerttenberg, um dos Estados federados mais prósperos da Alemanha, garantiu à Lusa que adquirir a EDP ou REN não está nos seus horizontes, porque Portugal "não faz parte" dos seus mercados estratégicos, segundo o porta-voz da empresa, Ulrich Schroeder.

Por sua vez, a Deutsche Telekom, maior consórcio europeu de telecomunicações, fez saber que, de momento, não está interessada em "qualquer grande negócio", quando inquirida sobre a hipótese de adquirir uma posição na Portugal Telecom, nomeadamente através da compra da 'golden share' que o Estado português detém na operadora.

"No entanto, se se abrirem possibilidades de consolidação nos mercados onde já estamos presentes, bem como em sectores onde pretendemos crescer, examinaremos hipóteses de aquisição", disse à Lusa Anna Bischoff, do departamento de relações públicas da multinacional germânica. O novo primeiro-ministro ainda recentemente voltou a dizer que acha que "o Estado não tem de ter direitos especiais nas empresas ".
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