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Ajudas estatais à Boeing consideradas ilegais

A Organização Mundial do Comércio (OMC) considerou ilegais as ajudas dadas pelo Governo norte-americano à Boeing, que provavelmente terá agora de pagar de volta os milhões de dólares que recebeu em subsídios.

Ajudas estatais à Boeing consideradas ilegais
16 de Setembro de 2010 às 12:27
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De acordo com o “The Guardian”, a OMC declararou na noite passada que as ajudas concedidas pelos estados dos EUA à produtora de aviões norte-americana violaram regras internacionais. A empresa recebeu cerca de 24 mil milhões de dólares (18,3 mil milhões de euros) em subsídios ilegais do Estado, tanto de fontes locais como federais do país.

A denúncia foi feita pela União Europeia, que afirma que a empresa norte-americana recebeu cerca de 16 mil milhões de dólares (12,2 mil milhões de euros) e 1989 e 2004, bem como cerca de 4 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) em isenções fiscais dos estados de Kansas, Washington e Illinois, e ainda outros tipos de ajudas no valor de milhões de euros, informa o jornal.

O relatório de 1.500 páginas permanece confidencial. A decisão surge três meses depois de a Airbus, rival europeia da Being, ter sido acusada pelos Estados Unidos, há seis anos, de beneficiar de empréstimos de juros mais baixos ilegais concedidos por Estados-membros, bem como fundos para infra-estruturas e pesquisa. Perante o relatório da OMC de 30 de Junho, que concluiu a ilegalidade destas ajudas, a Airbus defendeu este sistema de apoios, afirmando ser que os empréstimos eram pagos à medida que os aviões eram vendidos, segundo a BBC.

“Esta decisão faz o pêndulo recuar. Esta decisão traz muita satisfação à indústria de aviação francesa e europeia e salva postos de trabalho e o futuro desta indústria”, afirmaram Jean-Louis Borloo e Dominique Bussereau, ministros franceses do ambiente e transporte, citados pelo jornal.

Apesar de tanto Bruxelas como Washington terem apelado contra a decisão, a Boeing não comentou a situação. Mas antes desta tomada de decisão, um membro da empresa rejeitou a possibilidade de o caso estar ligado ao da Airbus. “Os dois casos são completamente separados e dizem respeito a aspecto muito específicos”, afirmou Ted Austell, da Boeing, na passada terça-feira.

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