A companhia Air Luxor, vendida em Julho passado à capital de risco Longstock, viu hoje oficialmente retirada a licença de transporte aéreo pelo órgão regulador do sector, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), deixando de poder exercer tal actividade.

O INAC esclarece que a Air Luxor SA "deixou de ter uma licença de transporte aéreo válida e um COA [Certificado de Operador de Transporte Aéreo] válido, não estando em condições de exercer a actividade de transporte aéreo".  

O aviso hoje publicado em Diário da República, recorda que a invalidade de certificado de operador aéreo determina, por lei, "igualmente a invalidade das licenças de transporte aéreo de que a empresa é titular".

O instituto regulador vem assim confirmar oficialmente que a partir de agora a companhia não pode exercer esta actividade, até nova emissão de licenças, depois de há mais de um mês ter feito saber que ia retirar a licença de operação à Air Luxor.

Não obstante, ainda ontem os serviços de comunicação da Air Luxor emitiram um comunicado em que se afirmava: "neste momento a Air Luxor encontra-se em condições de iniciar os voos para São Tomé e Guiné-Bissau novamente", aguardando "a autorização das autoridades locais destes dois países africanos", sem contudo fazer menção à situação legal no seu próprio país.

Referia o mesmo comunicado que a "Air Luxor será transformada numa operadora ‘low-cst’ operando inicialmente dois destinos já definidos internamente, com dois aviões A320".

Quanto a outros destinos, o comunicado de ontem refere somente que a companhia "decidiu suspender os voos para a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe por razões de ordem financeira e para reestruturar a empresa em termos de organização interna".