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Air Berlin desmente acusações de "insider trading"
A administração da Air Berlin, a terceira maior companhia aérea de "low cost" da Europa, recusa as acusações de "insider trading" realizadas no âmbito de algumas diligências dos Serviços Fiscais de Estugarda, na Alemanha, envolvendo seis responsáveis da e
A administração da Air Berlin, a terceira maior companhia aérea de "low cost" da Europa, recusa as acusações de "insider trading" realizadas no âmbito de algumas diligências dos Serviços Fiscais de Estugarda, na Alemanha, envolvendo seis responsáveis da empresa.
Na passada terça-feira, oficiais de polícia e empregados dos serviços de inspecção fiscal (BaFin) efectuaram buscas nos escritórios e nas residências de dois membros da administração, três chefes de secção da empresa e uma sexta pessoa da Air Berlin, tendo confiscado alguma documentação.
Em causa estão suspeitas de "insider trading" durante a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Air Berlin sobre a companhia aérea DBA, uma operação realizada em Agosto do ano passado.
Os responsáveis da Air Berlin são acusados de terem comprado acções da empresa por um valor total de 1,5 milhões de euros, antes desta ter comunicado ao regulador a aquisição DBA, influenciando positivamente a cotação da Air Berlin na bolsa. As acções subiram mais de 13%.
Em comunicado, Joachim Hunold, presidente do Conselho de Administração da Air Berlin, afirma considerar falsas as acusações das autoridades, acrescentando que a Air Berlin está a cooperar com os órgãos instrutores e pretende uma rápida clarificação destas acusações.
A companhia aérea explica, relativamente à OPA sobre a DBA, que "é certo que já em Maio de 2006 tinha sido acordada entre a Air Berlin e a DBA uma chamada obrigação de guardar segredo e que só depois se iniciou a comprovação legal e económica de uma possível compra da rival, pois nesse momento a dita compra era altamente improvável".
Joachim Hunold acrescenta que "apenas em 15 de Julho de 2006, [depois de ter comprado acções, dado o fim do período de ‘lock-up’], é que foram autorizadas pelo Conselho de Supervisão as negociações de compra".
"Dois dias depois foi então emitida uma carta de intenções. Foi só nesse momento que os empregados da Air Berlin encarregues do processo foram solicitados a emitir declarações ‘insider’. A compra da DBA foi anunciada em 17 de Agosto de 2006. "Até à véspara o negócio podia não se concretizar", concluiu Joachim Hunold.