As acções da Royal Ahold chegaram a valorizar mais de 5% na negociação de hoje, para máximos de quase três anos, com a proposta de divisão da cadeia de supermercados apresentada pela Centauros Capital e pelo «hedge fund» norte-americano Paulson & Co.

O Centauros Capital e o Paulson & Co., duas empresas de «private equity», que em conjunto detém 6,4% do capital social da Royal Ahold, afirmaram que a empresa holandesa deveria alienar a sua unidade norte-americana para concentrar o seu negócio na Europa.

Segundo as duas empresas de «private equity» a retalhista holandesa, que controla 49% da Jerónimo Martins Retalho, poderia valer mais de 9 euros por acção, pelo menos mais 26% do que o valor de fecho das acções na passada sexta-feira, caso a companhia fosse reestruturada.

«A empresa necessita de medidas drásticas para poder criar valor para os accionistas», afirmaram a Centauros Capital e o «hedge fund» norte-americano Paulson & Co. – que recentemente passou a deter 2% do capital da PT - num e-mail citado pela agência Bloomberg.

As duas empresas acrescentaram ainda que «manter as unidades de retalho e grossista da Ahold juntas diminui o valor accionista e limita o potencial operacional do negócio individual».

As vendas da Ahold estagnaram nos Estados Unidos no último trimestre com as cadeias de supermercados «Stop & Shop» e «Giant» a terem dificuldades em concorrer com as lojas da Wal-Mart e da Kroger.

Em reacção ao comunicado da Centauros Capital e pelo «hedge fund» norte-americano Paulson & Co., as acções da Royal Ahold dispararam 4,95% para os 7,47 euros, o valor mais elevado de quase três anos.

Os títulos da retalhista holandesa seguiam agora a valorizar 3,93% para os 7,40 euros no mercado de Amesterdão.