Notícia
Agricultores italianos equacionam cancelar protestos e franceses dão 10 dias ao Governo para agir
Em França, o principal sindicato, FNSEA, veio avisar que os agricultores estão prontos para retomar a contestação se as medidas concretas esperadas do Governo não forem tomadas no prazo de 10 dias.
13 de Fevereiro de 2024 às 11:42
Os agricultores italianos equacionam cancelar os protestos depois de o Governo ter prometido reduzir em 50% o imposto sobre rendimentos agrícolas, enquanto em França os agricultores prometem voltar à luta se não tiveram respostas nos próximos 10 dias.
O Governo italiano liderado por Giorgia Meloni vai reduzir em 50% o IRPF [imposto de renda pessoal] para rendimentos agrícolas entre 10 mil e 15 mil euros estando ainda a equacionar outras medidas, o que poderá ajudar na decisão de os agricultores em cancelarem os protestos, embora não haja ainda uma posição unânime.
A redução do IRPF soma-se à isenção fiscal para rendimentos até 10 mil euros, na sequência do acordo alcançado na segunda-feira pela maioria governamental, segundo noticiou a imprensa local.
Os Irmãos de Itália de Meloni, e os partidos aliados da coligação (Liga e Força Itália) chegaram a acordo na segunda-feira para desbloquear um pacote de 200 milhões de euros para os agricultores, após várias horas de reunião entre os líderes dos três partidos que tinham posições divergentes.
As medidas acordadas serão agora vertidas num decreto-lei que terá ainda de passar pelo parlamento, onde a coligação tem maioria.
Reagindo a esta decisão, o porta-voz da 'Rescate Agrícola', Maurizio Senigagliesi, uma das organizações que convocou os protestos, afirmou que com a publicação no site do Ministério da Agricultura da tabela técnica, os agricultores estão disponíveis "para desmobilizar a concentração de tratores".
Mas nem todas as organizações concordam em desmobilizar, não sendo ainda conhecida a posição do grupo mais extremista que, por enquanto, continua disposto em levar em frente o grande protesto marcado para a próxima quinta-feira no Circus Maximus, no centro da capital italiana.
Em França, onde os protestos dos agricultores também se fizeram sentir de forma intensa, o principal sindicato, FNSEA, veio hoje avisar que os agricultores estão prontos para retomar a contestação se as medidas concretas esperadas do Governo não forem tomadas no prazo de 10 dias.
"Os agricultores não desistiram. Todos dizem que estão prontos para regressar se o trabalho que fizemos não corresponder às nossas expectativas, que são muito elevadas", disse o presidente da FNSEA, Arnaud Rousseau, ao canal TF1, poucas horas antes de uma reunião com o primeiro-ministro, Gabriel Attal.
Rousseau fixou aquele prazo que coincide com a abertura da Feira da Agricultura que se inicia em 24 de fevereiro em Paris. Esta tradicional reunião anual do mundo agrícola é também um ponto alto a nível político, com a visita de várias personalidades.
Após um primeiro pacote de medidas anunciado em resposta aos protestos dos agricultores, durante os quais tratores e fardos de palha bloquearam várias estradas e autoestradas em todo o país, os agricultores querem "ver o que muda" nas suas explorações.
Apontando a promessa de um grande plano para os criadores de gado, o sindicalista sublinhou: "Se dentro de 10 dias não houver trabalho de fundo, uma mudança, estamos prontos para voltar à ação".
O Governo italiano liderado por Giorgia Meloni vai reduzir em 50% o IRPF [imposto de renda pessoal] para rendimentos agrícolas entre 10 mil e 15 mil euros estando ainda a equacionar outras medidas, o que poderá ajudar na decisão de os agricultores em cancelarem os protestos, embora não haja ainda uma posição unânime.
Os Irmãos de Itália de Meloni, e os partidos aliados da coligação (Liga e Força Itália) chegaram a acordo na segunda-feira para desbloquear um pacote de 200 milhões de euros para os agricultores, após várias horas de reunião entre os líderes dos três partidos que tinham posições divergentes.
As medidas acordadas serão agora vertidas num decreto-lei que terá ainda de passar pelo parlamento, onde a coligação tem maioria.
Reagindo a esta decisão, o porta-voz da 'Rescate Agrícola', Maurizio Senigagliesi, uma das organizações que convocou os protestos, afirmou que com a publicação no site do Ministério da Agricultura da tabela técnica, os agricultores estão disponíveis "para desmobilizar a concentração de tratores".
Mas nem todas as organizações concordam em desmobilizar, não sendo ainda conhecida a posição do grupo mais extremista que, por enquanto, continua disposto em levar em frente o grande protesto marcado para a próxima quinta-feira no Circus Maximus, no centro da capital italiana.
Em França, onde os protestos dos agricultores também se fizeram sentir de forma intensa, o principal sindicato, FNSEA, veio hoje avisar que os agricultores estão prontos para retomar a contestação se as medidas concretas esperadas do Governo não forem tomadas no prazo de 10 dias.
"Os agricultores não desistiram. Todos dizem que estão prontos para regressar se o trabalho que fizemos não corresponder às nossas expectativas, que são muito elevadas", disse o presidente da FNSEA, Arnaud Rousseau, ao canal TF1, poucas horas antes de uma reunião com o primeiro-ministro, Gabriel Attal.
Rousseau fixou aquele prazo que coincide com a abertura da Feira da Agricultura que se inicia em 24 de fevereiro em Paris. Esta tradicional reunião anual do mundo agrícola é também um ponto alto a nível político, com a visita de várias personalidades.
Após um primeiro pacote de medidas anunciado em resposta aos protestos dos agricultores, durante os quais tratores e fardos de palha bloquearam várias estradas e autoestradas em todo o país, os agricultores querem "ver o que muda" nas suas explorações.
Apontando a promessa de um grande plano para os criadores de gado, o sindicalista sublinhou: "Se dentro de 10 dias não houver trabalho de fundo, uma mudança, estamos prontos para voltar à ação".