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África será novo pólo de crescimento para a PT

A PT Investimentos Internacionais criou a África PT para potenciar as oportunidades naquele continente, admitindo aquisições que acrescentem valor a um mercado com elevadas taxas de crescimento e rentável, anunciou hoje Carlos Vasconcelos Cruz, presidente

Negócios 07 de Junho de 2005 às 18:45
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A PT Investimentos Internacionais criou a África PT para potenciar as oportunidades naquele continente, admitindo aquisições que acrescentem valor a um mercado com elevadas taxas de crescimento e rentável, anunciou hoje Carlos Vasconcelos Cruz, presidente executivo da PTII.

Angola será um país estratégico nesta aposta africana da PT que disse, em conferência de imprensa, pretender reforçar em países e regionais que permitam continuar os crescimentos. «A PT [ptc] continua virada para o crescimento», garantiu Carlos Vasconcelos Cruz.

A PT admite parcerias com a Telefónica em futuras oportunidades de investimento (compra de empresa ou de licenças), mas privilegiará na África subsariana parcerias locais, à semelhança com o que acontece na maior parte dos países africanos onde já tem operação.

Excluindo a operação da Vivo, as receitas internacionais da PT cresceram 207 milhões e o EBITDA 58 milhões. «São níveis de crescimento interessantes», disse Vasconcelos Cruz, taxas que «não só se mantiveram, como aceleraram no primeiro trimestre».

E são operadores rentáveis. Em 2004 as operações em África apuraram resultados positivos de 66 milhões. Marrocos, Angola e Cabo verde são as maiores operações da PT em África.

Todas as operações são positivas em termos de EBITDA, com margens interessantes e todas com resultados positivos, com excepção de Marrocos, o que é explicado pela compra da licença recorrendo a capitais alheios.

«Repercute-se num resultado líquido negativo, embora os resultados de exploração sejam positivos», disse o mesmo responsável.

Angola é, no entanto, «na nossa estratégia na África subsariana o pólo de partida e é o de maior importância», disse Carlos Vasconcelos e Cruz, salientando que além do sucesso e crescimento da operação móvel Unitel, a PT fez uma parceria no fixo com a Angola Telecom, para a construção do «backbone» angolano.

Carlos Vasconcelos Cruz garante que estão a ser negociadas as contrapartidas da PT entrar neste projecto. No cabo, a PT fez também uma parceria com a Televisão Pública de Angola.

Moçambique é outro país onde a PT quer reforçar presença, apesar de estar presente, apenas, com uma operação de dados empresariais. «Moçambique ainda não temos uma operação de telefonia, temos apenas dados e páginas amarelas», esclarecendo Vasconcelos Cruz que «temos muito interesse em participar na privatização da MCell e TDM», tendo já demonstrado esse interesse aos sucessivos governos.

Carlos Vasconcelos Cruz garante que a PT vai, também, à procura de outras oportunidades em novas geografias e novos mercados, podendo «naturalmente avançar para aquisições se fizer sentido, que construam valor». Constituir um veículo como o África PT pode ajudar nos racionais financeiros e como moeda de troca em fusões e aquisições.

Carlos Vasconcelos Cruz admite que, se fosse hoje, possivelmente não teria vendido a operação do Botswana, apesar de a PT ter um acordo de gestão.

«Na altura em que foi vendida não havia, do ponto de vista estruturado, a visão de que a África poderia constituir um elemento de crescimento tão importante», mas diz que na altura foi uma boa decisão, mas agora «gostaria de ter o Botswana».

Vasconcelos Cruz não quantificou valores de investimentos nem perspectivas de receitas e EBITDA para esse mercado.

As acções da PT fecharam nos 7,95 euros, a cair 1%.

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