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Administradores do banco espanhol CAM com acesso facilitado a empréstimos

Alguns elementos do conselho de administração do Caja de Ahorros del Mediterrâneo (CAM) estão a ser investigados por terem obtido empréstimos, com juros reduzidos, que posteriormente serviram para negócios bastante lucrativos.

26 de Julho de 2011 às 16:48
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Há quatro dias, o Banco de Espanha decidiu nacionalizar o CAM, após este entrar em falência. Os administradores foram destituídos e os planos de negócio da instituição financeira foram analisados.

Segundo o “El País”, José Antonio Iturriaga, Tomás González Peña e Benicio Herranz, os três administradores do Banco de Espanha encarregues desta operação, detectaram vários empréstimos a membros do conselho de administração do CAM com condições favoráveis.

Estes empréstimos, no valor de 161 milhões de euros, foram realizados entre 2007 e 2010 e incluíam uma taxa de juro reduzida que variava entre 1,89% e 2,93% ao ano.

Modesto Crespo, Ginés Pérez Ripoll, Aniceto Benito, José Ramón Avilés e José Enrique Garrigós foram os beneficiários destes empréstimos e terão agora que responder pelas as suas acções perante o Banco de Espanha. O objectivo de todos eles foi, posteriormente, usar os empréstimos em negócios com uma taxa de juro mais alta.

Os que arrecadaram mais dinheiro com estas operações foram José Ramón Avilés, que realizou 23 operações em 6 anos, obtendo empréstimos no valor de 38,5 milhões de euros; e Aniceto Benito, que conseguiu, em quatro anos, 19 empréstimos que totalizaram 47,5 milhões de euros.

Enquanto isto acontecia, o CAM iniciava um conjunto de desinvestimentos para poder pagar as suas obrigações. Agora, com a entrada dos administradores do Banco de Espanha, todas as renovações de créditos foram canceladas.
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