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Adesão à greve dos trabalhadores dos CTT perto dos 90%

A adesão à greve dos trabalhadores dos CTT, que começou esta sexta-feira às 0h em protesto contra a privatização da empresa, era ao início da manhã de 87,65%, disse à agência Lusa uma fonte sindical.

Tiago Sousa Dias/Correio da Manhã
07 de Junho de 2013 às 08:56
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"A adesão neste momento [às 7h00] está em quase 90%. Mas esta adesão contabiliza apenas os trabalhadores dos turnos da noite das centrais de correio de Porto, Coimbra e Lisboa´, porque os correios de distribuição começam a entrar às 7h00 e ainda não temos dados", disse à Lusa o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNCT), Vítor Narciso.

 

A greve, marcada pelo SNCT, entre as 0h00 e as 24h00 de sexta-feira, visa protestar "contra a privatização dos CTT" e "defender um serviço público postal de qualidade".

 

Vítor Narciso adiantou que dos 235 trabalhadores escalados para o turno que teve início às 0h00, 206 fizeram greve.

 

Na opinião do sindicalista, estes números apontam para "uma fortíssima resposta dos trabalhadores às afirmações dos dirigentes dos CTT e à intenção do Governo em privatizar a empresa".

 

O secretário-geral do sindicato, Vítor Narciso, disse ainda que a "elevada adesão" à greve dos trabalhadores do tratamento e transportes dos CTT vai ter consequências no sector da distribuição.

 

"A greve dos trabalhadores dos CTT vai levar ao encerramento dos postos de atendimento no país e atrasar o trabalho da distribuição", disse Vítor Narciso, remetendo para mais tarde dados sobre a adesão à greve nestes sectores.

 

Para além desta paralisação, Vítor Narciso referiu que "a luta não termina aqui" e que vão decorrer "ainda este mês outras acções de protesto, em conjunto com algumas juntas de freguesia, contra o encerramento de estações dos correios" em vários pontos do país.

 

Os CTT estão a terminar o processo de reorganização da rede dos correios, que representa o fecho de 124 estações e a abertura de 78 postos de correio, disse na quinta-feira à Lusa o presidente do Conselho de Administração.

 

"O processo está a acabar, fizemos uma reorganização da rede e vamos fechar 124 estações de correio e abrir 78 postos", afirmou Francisco de Lacerda, em entrevista à Lusa.

 

O grupo CTT conta com 1.850 postos de correio, dos quais 828 em acordo com as juntas de freguesia, e com mais de 11 mil trabalhadores em Portugal.

 

Os sindicatos dos correios convocaram uma greve nacional nos CTT para hoje e para a próxima sexta-feira, em protesto contra a privatização da empresa e em defesa de um serviço público de qualidade.

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