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Acordo "dá um passo no sentido certo", considera CIP

A CIP, um dos parceiros com quem o Governo assinou neste sábado o acordo de rendimentos e competitividade, considera que o entendimento vai no caminho certo. Contudo, é um ponto de partida e não de chegada.

Miguel Baltazar
09 de Outubro de 2022 às 19:10
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A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que o acordo de rendimentos e competitividade alcançado este sábado entre o Governo e os parceiros sociais - entre os quais a própria CIP - "reduz a incerteza e dá um passo no sentido certo". 

Apesar de o presidente do organismo, António Saraiva (na foto), se ter queixado de falta de ambição, na conferência de imprensa a seguir à apresentação do entendimento, em nota enviada à redações, a CIP indica que "este é um acordo que prevê um aumento planeado dos rendimentos e no qual foi possível incluir algumas medidas que permitam às empresas enfrentar este período de ajustamento com menor impacto."

Ainda assim, os empresários indicam que "a assinatura deste pacto não resolve o crónico problema de competitividade do nosso país, é apenas um passo, o primeiro passo, que tinha de ser dado perante as circunstâncias atuais e tendo em vista esse objetivo essencial: tornar Portugal mais competitivo e pôr fim, de forma sustentada e continuada, ao longo ciclo de divergência com a União Europeia".

Desta forma, nas medidas apresentadas - entre as quais se inclui o fim do prazo para as empresas deduzirem prejuízos fiscais, um apoio extra para os combustíveis aos agricultores e o aumento das compensações por despedimento - a CIP vê, não um ponto de chegada, mas um ponto de partida.

"O caminho fica, assim, aberto para que essa melhoria possa realmente acontecer, sendo importante vincar que em cada ano se tornará obrigatório olhar com atenção para os indicadores macroeconómicos e, a partir desses dados concretos, produzir os ajustamentos necessários."

A note enviada às redações dá especial destaque ao facto de o Governo ter acordado injetar mais de três mil milhões de euros nos sistemas de eletricidade e gás de forma a limitar os preços da energia. "Este valor representa o dobro do valor atribuído às empresas no pacote apresentado em setembro, o que, no nosso entender, ajudará o país a ultrapassar a crise energética que tudo e todos pressiona", indica a CIP.

António Costa já assegurou que o acordo será refletido no Orçamento do Estado para 2023, que será amanhã entregue na Assembleia da República.
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