Notícia
Acções da dona das salsichas Nobre deslizam mais de 8%
As acções da Campofrío, que estiveram suspensas de negociação, estão a recuar mais de 8%, depois da Sigma e da Shuanghui terem emitido um comunicado onde revelam que detêm 81,7% da cotada. A Sigma reviu em alta a contrapartida e vai pagar 6,90 euros aos investidores que ainda detêm acções da dona das salsichas Nobre.
A Campofrío está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da mexicana Sigma, que ofereceu uma contrapartida de 6,80 euros por acção, o que avalia a empresa em 695 milhões de euros.
A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) decidiu suspender as acções, que não chegaram a negociar esta manhã, à espera de notícias que podiam afectar o preço dos títulos, segundo a imprensa internacional. Depois de emitido um comunicado sobre a participação detida pela oferente, as acções voltaram a negociar e seguem a perder 8,39% para 6,88 euros.
No comunicado a Sigma e a Shuanghui explicam que detêm, em conjunto mais de 80% do capital da Campofrío.
A OPA foi lançada pela Sigma, numa altura em que a Shuanghui detinha cerca de 30% do capital da empresa. No início da oferta a Shuanghui tinha acordado reduzir a sua participação para um nível inferior a 30%. No comunicado emitido esta segunda-feira, 23 de Dezembro, é revelado que as duas empresas chegaram a um novo acordo e que vão partilhar a operação.
Assim a posição indirecta de 36,99% detida pela Shuanghui vai ser transferida para a Sigma Europa, que vai agregar também os 44,72% detidos pela Sigma.
A Campofrío é proprietária, há vários anos, da empresa portuguesa de produtos de charcutaria Nobre, que volta assim a mudar de mãos.
A Nobre passou a fazer parte do grupo Campofrio em 2008, quando este acordou uma fusão com a Smithfield, a qual tinha adquirido em 2006 a empresa portuguesa. Detentora de uma fábrica em Rio Maior, onde nasceu a partir de um negócio familiar há quase um século, a Nobre tem ainda instalações na Maia, em Lisboa e em Portimão.