Os accionistas da Sporting SAD aprovaram ontem, em Assembleia Geral, a proposta do Conselho de Administração de reduzir o capital social da SAD em 32,89 milhões de euros, com o objectivo de absorver prejuízos e cumprir o art. 35 do Código das Sociedades Comerciais. O presidente Dias da Cunha esta solução era a alternativa e deve ser seguida por outras SAD’s.

Segundo o «site» do clube, na Assembleia Geral estiveram presentes accionistas equivalentes a 67.181 votos, correspondentes a 6.718 865 acções, ou 61% do capital da sociedade.

O primeiro ponto da ordem e trabalhos, que dizia respeito à redução do capital social, com o valor das acções a descer de 5 para 2 euros, foi aprovado com 0,15% de votos contra. A SAD do Sporting tem actualmente um capital social de 55 milhões de euros, representado por 11 milhões de acções a cinco euros cada uma.

No entanto, segundo a mesma fonte, «as propostas do Conselho de Administração, que foram dadas a conhecer anteriormente nos meios próprios, sofreram pequenas alterações tendentes à sua completa clarificação».

Na proposta a levar à AG o Conselho de Administração pedia ainda autorização aos accionistas para «negociar direitos e alienar participações sociais em termos susceptíveis de gerar mais valias».

O segundo ponto da ordem de trabalhos, relativo à alteração dos artigos 9º, 10º e 23º dos estatutos da sociedade, foi aprovado por unanimidade.

Citado pelo site do clube, o presidente Dias da Cunha afirmou que apesar da situação financeira da SAD, o Sporting «é um candidato forte à vitória em todas as provas que vai disputar».

A sucessão de José Eduardo Bettencourt como administrador geral da SAD não foi tratada na Assembleia Geral, mas afirmou que «Paulo Andrade é um candidato firme».

Sobre a redução do capital social Dias da Cunha disse que é «a alternativa e a resposta ao artigo 35.º das Sociedades Comerciais». Para o presidente Dias da Cunha, este «será, inevitavelmente, o caminho a seguir por todas as outras SAD’s em Portugal». «Penso que não há outra alternativa. Poderá não ser para este ano, mas é certo que será uma exigência a partir da próxima época», considerou.