Com a criação da nova Sonae - SGPS, que resulta da fusão de Inparsa, da Figest e da Sonae Investimentos, os ex-accionistas da Inparsa, poderão beneficiar do seu primeiro dividendo, visto que segundo um comunicado da empresa «as novas acções da Sonae resultantes da fusão terão direito aos dividendos que esta sociedade venha a distribuir referente ao exercício de 1999».

No passado, a Sonae Investimentos tem proporcionado um dividendo contínuo e quase constante, tendo apenas no último ano subido o seu valor dos 0,748 euros (150 escudos) para os 0,873 euros (175 escudos). Uma situação que difere totalmente da Inparsa, uma vez que nunca distribuiu dividendos, apesar de ter duplicado o seu capital e emitido algumas obrigações com «warrants» convertíveis. Desta forma, a empresa obteve capitais suficientes para financiar os seus múltiplos investimentos e os accionistas adquiriram as acções abaixo do preço do mercado. Contudo, para os analistas contactados pelo Canal de Negócios, «ainda não é possível prever qual será o montante de dividendo que a nova empresa irá distribuir»

Recorde-se, que segundo o processo de fusão, os accionistas da Inparsa terão direito a receber 0,3692228 acções da Sonae - SGPS, por cada acção da Inparsa. Enquanto que os accionistas da Figest, «holding» pessoal de Belmiro de Azevedo e presidente do Grupo Sonae, irão receber por cada acção 5,7443129 novas acções da Sonae SGPS.

A outra boa noticia para os accionistas da Inparsa prende-se com eventualidade da Sonae - SGPS entrar para o índice Euro Stoxx50. Os analistas contactados acreditam que «a nova Sonae terá boas condições para integrar esse índice». Se tal acontecer, Portugal voltará a ter um título cotado nesse índice, uma vez que no passado dia 20 de Setembro, a Portugal Telecom (PT) deixou de integrar este índice.

As acções da Inparsa não são transaccionadas desde sexta feira passada, sendo a sua última cotação de 11,34 euros (2.273 escudos). Hoje, às 11h22 a Sonae Investimentos tinha transaccionado pouco mais de 13 mil títulos, cotando-se nos 29,3 euros (5.874 escudos), o que reflecte uma desvalorização de 1,01%.