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Área nacionalizada de Tupi pode albergar 12 mil milhões de barris de petróleo

O jornal "Estadão" noticia hoje que os blocos na região de Tupi, que foram retirados da licitação pelo governo brasileiro e vão ser explorados por uma nova empresa estatal, poderão conter 12 mil milhões de barris de petróleo. As multinacionais criticam as mudanças.

15 de Agosto de 2008 às 16:20
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O jornal “Estadão” noticia hoje que os blocos na região “off-shore” de Tupi, que foram retirados da licitação pelo governo brasileiro e vão ser explorados por uma nova empresa estatal, poderão conter 12 mil milhões de barris de petróleo. As multinacionais criticam as mudanças.

Além dos impostos sobre a actividade das petrolíferas, o governo brasileiro quer beneficiar directamente com a venda da matéria-prima que se encontra no pré-sal da região “off-shore” de Tupi, na Bacia de Santos. Região onde a Galp também está presente, em consórcio com a Petrobrás e a britânica BG.

O presidente Lula da Silva, disse recentemente, que o petróleo não pode ficar com “meia dúzia de empresas”. Por isso, vai propor a alteração da Lei do Petróleo, de forma a criar uma empresa estatal para explorar as reservas sem concessão que deveriam ter sido leiloadas na 9ª ronda de licitações da Agência Nacional de Petróleo, em Novembro do ano passado, mas foram retiradas da lista de ofertas após a confirmação da capacidade do reservatório de Tupi.

De acordo com os geólogos consultados pelo jornal “Estadão”, da empresa HRT Solutions a área não concessionada no pré-sal da Bacia de Santos poderá ter reservas estimadas entre 10 e 12 mil milhões de barris de petróleo.

A intenção do governo brasileiro provocou um coro de críticas por parte da oposição política e das petrolíferas. “Precisamos resistir a isso. Nacionalismos não são bons para ninguém”, afirmou recentemente o presidente da Exxon, Rex Tillerson. O responsável pela empresa avisa também para o elevado investimento que será necessário para retirar o petróleo na Bacia de Santos, que a UBS estima em 600 mil milhões de dólares.

A Agência Internacional de Energia também já veio alertar para a necessidade de o governo brasileiro criar um quadro legal que permita viabilizar a extracção do petróleo na região.
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