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Vitória antecipa 20 milhões em receitas de TV e paga juro de 5,25% à Apollo
A SAD vimaranense garante encaixe através de um acordo para a titularização dos direitos de transmissão televisiva celebrado com o fundo de “private equity” norte-americano, o mesmo que comprou as seguradoras Tranquilidade e Açoreana e as vendeu à italiana Generali.
A Vitória Sport Clube, Futebol SAD celebrou um acordo para a titularização dos direitos de transmissão televisiva, garantindo um encaixe imediato de 20 milhões de euros, sabe o Negócios.
À semelhança do que o FC Porto, Benfica ou Sporting já fizeram, neste caso trata-se de uma operação de titularização de créditos decorrentes do contrato de cedência de direitos de transmissão televisiva e multimédia celebrado pela SAD do Guimarães com a Altice, a dona da Meo.
Uma titularização acordada com a Apollo, fundo de "private equity" norte-americano, o mesmo que comprou as seguradoras Tranquilidade e Açoreana e as vendeu à italiana Generali. Uma operação de financiamento fechada com uma taxa de juro de 5,25%.
O Negócios também sabe que, com esta operação, já aprovada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD vimaranense assegurou, ainda, a possibilidade de, a qualquer altura, liquidar o financiamento e de, durante a vigência do mesmo, continuar a receber uma parte dos direitos televisivos contratualizados com a Altice.
Em causa está uma operação muito semelhante à realizada pelo Sporting em março de 2019, um ano antes do eclodir da pandemia da covid-19, quando a SAD leonina conseguiu então juros a 8%, também com a Apollo, por um encaixe de 65 milhões de euros mediante a cedência de receitas televisivas do contrato celebrado com a Nos.
Trata-se de operações baseadas na cedência das receitas decorrentes dos acordos celebrados com as diferentes operadoras à entidade financiadora, que antecipa a injeção de dinheiro nas SAD’s.
Já em 2019, a SAD do FCP tinha antecipado 240 milhões de euros referentes a receitas televisivas, assim como a Benfica SAD, que antecipou cerca de 164 milhões.
O Negócios contactou a SAD vitoriana, que remeteu para mais tarde esclarecimentos sobre esta matéria.