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PJ deteve cinco futebolistas da II Liga e membro dos Super Dragões

A Polícia Judiciária deteve esta manhã cinco futebolistas que jogam na II Liga e um elemento da claque Super Dragões. Em causa estão suspeitas da prática de corrupção activa e passiva.

Reuters
Negócios 29 de Março de 2017 às 13:20
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Em comunicado ao início da tarde desta quarta-feira, 29 de Março, a Polícia Judiciária (PJ) informa que "deteve seis homens e constituiu oito arguidos, com ligações à indústria do futebol, pela presumível prática dos crimes de associação criminosa, corrupção activa e corrupção passiva, no âmbito da 'lei da corrupção desportiva'".

A PJ explica que as detenções foram realizadas no âmbito da operação "Jogo Duplo" que, em Maio do ano passado, resultou já na detenção de 15 pessoas e na realização de 31 buscas. Apesar de a PJ se referir somente à detenção de seis pessoas, o Correio da Manhã (CM) adianta que foram detidos cinco futebolistas que actuam na II Liga portuguesa e ainda um elemento da claque Super Dragões, afecta ao FC Porto.


"Os detidos serão presentes ao Ministério Público para primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa", pode ainda ler-se no comunicado.

 

Segundo o CM, na base destas detenções estão suspeitas da prática de corrupção desportiva, designadamente através da viciação de resultados com vista ao favorecimento das apostas online feitas por empresários asiáticos relativamente a jogos da II Liga. Além das detenções, foram ainda constituídos oito arguidos e apreendido material relacionado com a actividade ilegal que está a ser investigada. 

 

O CM acrescente que três futebolistas do Oriental foram detidos por corrupção passiva, tal como um jogador que na época transacta representou o Penafiel no segundo escalão do futebol nacional. Já Bruno Mendes, dos Super Dragões, e um futebolista do Académico de Viseu foram detidos por corrupção activa, sendo suspeitos da distribuição de "luvas" em representação de empresários asiáticos.

 

Aquele diários escreve ainda que eram distribuídos milhares de euros em subornos, com recurso a intermediários, por atletas de determinados clubes, com esses jogadores a jogarem para perder.

 
Ainda segundo o mesmo comunicado, além dos seis detidos a PJ realizou 16 buscas domiciliárias em diversas localidades, nomeadamente Lisboa, Vila Franca de Xira, Ovar, Gaia, Porto, Fátima, Sesimbra, Loures, Santa Maria da Feira, Sanfins e Ermesinde, tendo apreendido material relacionado com a prática da actividade criminosa.

 

Esta operação da PJ conta com 70 inspectores, sendo que durante a investigação já levada a cabo a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da polícia portuguesa contou com a colaboração da EUROPOL, de organizações responsáveis pela monitorização de jogos e ainda com a cooperação da Federação Portuguesa de Futebol. 

Também através de comunicado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já reagiu informando que "acompanha de forma regular e conhecedora o trabalho da UNCC", sustentando que "Portugal não pode ser terreno fértil para comportamentos e acções criminosas associadas ao futebol" e garantindo que tudo fará para que promover um "futebol mais limpo e digno de um país Campeão Europeu".

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