A SAD do Benfica fechou o primeiro semestre fiscal, que termina em Dezembro, com um resultado líquido de 2,6 milhões de euros, menos 43,7% do que no mesmo período de 2015, revela o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A determinar a queda dos resultados esteve essencial o resultado com direitos de atletas, cujo resultado foi negativo em quase 6,5 milhões de euros, quando no ano anterior o Benfica tinha registado um valor positivo de 1,6 milhões de euros.

No comunicado emitido, o Benfica realça que "resultado não inclui as alienações dos direitos dos atletas Gonçalo Guedes e Hélder Costa, que ascenderam a um montante global de 45 milhões de euros e que irão representar um impacto positivo próximo dos 38,9 milhões de euros no resultado do próximo semestre."

A SAD adianta que os resultados do semestre em análise beneficiaram, sobretudo, da exploração dos direitos de televisão.

O resultado operacional do Benfica, excluindo a compra e venda de jogadores, aumentou 52% para 18,1 milhões de euros, um número que corresponde "o melhor desempenho de sempre em períodos homólogos", realça a SAD no mesmo comunicado.

Assim, as receitas provenientes da televisão aumentaram 19,4% para 19,3 milhões de euros. A SAD explica que o novo contrato celebrado com a Nos foi determinante para este evolução, já que o impacto do novo contrato é "superior a 3,1 milhões de euros". E a este valor ainda se deve juntar a redução de custos da BTV, na ordem dos 3,8 milhões de euros.

A televisão foi assim determinante, mas não foi a única rubrica a contribuir para uma melhoria dos resultados operacionais. A bilhética cresceu 28,7%, para 7 milhões de euros, os patrocínios e publicidade aumentaram 9,3% e os prémios da UEFA subiram 5%, sendo esta última a maior fatia de receitas (21,6 milhões de euros ou 31%). Recorde-se que a equipa principal de futebol do Benfica jogou seis jogos na fase de grupos, tendo conseguido duas vitórias, dois empates e três derrotas, tendo ficado em segundo lugar do grupo B.

No que se refere aos gastos, a SAD registou uma redução de 3,1% nos gastos operacionais consolidados, num período em que os gastos com pessoal aumentaram 14,6%, "face ao esforço efectuado com a contratação de novos atletas e a manutenção da maior parte dos principais jogadores que constituíam o plantel da época passada", adianta o comunicado.

Já o passivo do Benfica situou-se nos 434,96 milhões, o que corresponde a uma queda de 4,5 face a Junho, mas a um aumento de 1,3% quando comparado com Dezembro de 2015.