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Doyen pediu penhora de bens do Sporting

A Doyen Sports pediu às autoridades judiciárias portuguesas a penhora de bens do Sporting Clube de Portugal de forma a assegurar o pagamento da dívida relativa a Marcos Rojo.

Reuters
Negócios 27 de Abril de 2016 às 14:19
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O fundo Doyen Sports pediu às autoridades judiciárias a penhora de bens do Sporting Clube de Portugal, como forma de garantir que é saldada a dívida dos leões relacionada com a transferência do argentino Marcos Rojo para o Manchester United.

 

A notícia inicialmente avançada pela Rádio Renascença e entretanto confirmada pelo desportivo Record dá conta de que a Doyen avançou com esta acção judicial com o objectivo de garantir a recuperação dos cerca de 15 milhões de euros em dívida por parte da SAD liderada por Bruno de Carvalho.


Este pedido surge também na sequência da decisão da UEFA, o organismo responsável pelo futebol europeu, que recentemente decidiu dar provimento ao pedido da Doyen para o congelamento de prémios futuros relacionados com a performance dos leões nas provas europeias da próxima época. Recorde-se que o clube de Alvalade já garantiu a presença na próxima edição da Liga dos Campeões.

 

O Record escreve que o clube presidido por Bruno de Carvalho já respondeu ao Tribunal da Relação de Lisboa, fazendo alusão à decisão da UEFA sobre os prémios, razão que o clube de Alvalade considera ser suficiente para que não seja aplicada a penhora agora solicitada por aquele fundo de investimento desportivo.

 

"O eventual direito da Requerente [Doyen] já se encontra perfeitamente assegurado e garantido", lê-se na carta assinada pelo advogado José Carlos Oliveira.

 

O pedido feito pela Doyen à UEFA terá sido formalizado em 8 de Janeiro e deferido quatro dias depois, tendo o Sporting sido notificado em 1 de Março através de uma carta rogatória remetida pelo Tribunal de Lausanne, na Suíça. O Sporting considera que o "penhor" dos créditos referentes às provas europeias é "suficiente" para o pagamento da dívida à Doyen.

 

Contudo, esta assunção do departamento jurídico de Alvalade parece colidir com a garantia feita, no passado domingo, em assembleia geral do clube, por Bruno de Carvalho, que então afiançou que "não há nenhuma penhora da UEFA". Ainda assim, na semana passada o presidente leonino já tinha admitido que ser "verdade" que os prémios estariam congelados: "Há três meses que isso era público", disse.

 

Numa acção apresentada no Tribunal Federal Suíço (TFS), feita no seguimento da derrota judicial no caso Rojo, o Sporting evitou ter de pagar no imediato 12,7 milhões de euros à Doyen.

 

A SAD verde e branca argumentou junto do TFS que o cumprimento dessa dívida provocaria "danos financeiros capazes de colocar em risco toda a actividade do seu futebol", razão pela qual fez um pedido para a suspensão da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que deu razão à Doyen no caso Rojo.

 

Na argumentação jurídica utilizada pelo Sporting é invocada uma análise de um revisor oficial de contas (ROC) que, entre outros argumentos utilizados para solicitar a suspensão do pagamento, invoca um défice total de tesouraria de 10,1 milhões de euros. 

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