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Bruno de Carvalho desafia opositores a recolher assinaturas para o destituir

Bruno de Carvalho não reconhece legitimidade à assembleia geral de destituição marcada para o dia 23 de Junho e desafia os opositores a recolherem assinaturas para destituir a actual liderança.

Negócios jng@negocios.pt 06 de Junho de 2018 às 13:55
O presidente do Sporting disse esta quarta-feira que, se quiserem, os opositores podem entregar assinaturas e, caso sejam validadas, fica marcada uma assembleia-geral destituinte. "Somos os únicos que estamos em funções e legitimados", disse, assegurando que não haverá assembleia no dia 23 de Junho. 

Em conferência de imprensa, Bruno de Carvalho atacou a falta de legitimidade da assembleia geral liderada por Jaime Marta Soares, que se tinha demitido. Esta terça-feira, o ex-presidente da mesa da assembleia geral confirmou que está marcada para o dia 23 de Junho uma nova reunião para destituir a liderança do clube, algo que o presidente do clube não reconhece. 

"Não vão utilizar mais o logo do Sporting em pseudo convocatórias em jornais", disse Bruno de Carvalho, questionando "quem é que autorizou essas pessoas a usurpar direitos do clube?". Para o líder do clube quem o quiser destituir tem de entregar assinaturas e cumprir "os preceitos legais". O processo pode ser acompanhado pelo primeiro proponente e, se for validado, segue-se a marcação da AG destituinte. 

Bruno de Carvalho acusou Marta Soares de utilizar uma "alínea ilegal" e até de "trair os sócios", ao alegadamente ter guardado as assinaturas dos sócios e ter utilizado outro "estratagema" para marcar uma AG. Para o presidente os problema do Sporting são da "responsabilidade é de Jaime Marta Soares". "Estamos com um problema. Há culpados desse problema. Cá estaremos para resolver os problemas que outros criam", diz o líder do clube. 

Questionado sobre a saída de Guilherme Pinheiro, administrador da SAD, Bruno de Carvalho assegurou que "não põe em causa absolutamente nada". Contudo, o Negócios noticiou esta quarta-feira foi congelada a emissão obrigacionista do clube. A CMVM diz que está a analisar o processo. A substituição, segundo o presidente, será feita através de sugestões de nomes pelos bancos credores até o conselho diretivo aprovar um desses nomes. 

Sobre a saída de Jorge Jesus para um clube da Arábia Saudita, Bruno de Carvalho disse apenas que não houve direito a "nenhuma indemnização" e que "cada um seguiu o seu rumo". 

O líder dos leoninos voltou a atacar fortemente os seus opositores públicos, argumentando que "as pessoas não têm a noção do que é uma democracia". Bruno de Carvalho assegurou que não se irá demitir nem tem de o fazer. "Quem se quis ir embora foi a mesa da assembleia geral e o conselho fiscal", disse, referindo que, por isso, teve de tomar "actos de gestão".

Isso passou pela constituição de uma comissão transitória da mesa da assembleia geral. Também esta comissão já veio dizer que Jaime Marta Soares "não se encontra em exercício de funções" e defender que a própria AG extraordinária se encontra "ferida na sua legalidade, ao não respeitar os requisitos e pressupostos estatutários e legalmente previstos para a sua convocação e realização".

(Notícia actualizada às 14h12)
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