O Benfica registou lucros de 13,970 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano fiscal 2014/2015, terminados em Março, um recuo de 11% face ao período homólogo. A contribuir para a queda do resultado líquido em 1,8 milhões de euros esteve a "operação de aquisição e liquidação do Benfica Stars Fund" que teve um "impacto negativo extraordinário de 5,9 milhões de euros", anunciou o clube da Luz esta quinta-feira, 28 de Maio, em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

Olhando para os três trimestres já decorridos, o Benfica aponta que os resultados "foram positivamente influenciados pelo crescimento das receitas de televisão e pelos ganhos obtidos na alienação de direitos de atletas". A pesar negativamente nas contas, esteve o desempenho na Liga dos Campeões, por o Benfica ter ficado pela fase de grupos e não ter passado à ronda seguinte. No ano passado a equipa de futebol da Luz disputou a final da Liga Europa.

Nos primeiros nove meses, os rendimentos operacionais do Benfica atingiram os 77,8 milhões de euros, mais 4,9 milhões face ao período homólogo. Este aumento justifica-se com o "crescimento das receitas televisivas". No "segundo ano de implementação do novo modelo de exploração com direitos televisivos", estas receitas cresceram 26,1% para 25,5 milhões de euros.

O resultado operacional consolidado cresceu 5,3% para 32,1 milhões de euros nos nove meses desde o início da época. O crescimento do resultado operacional deve-se ao "crescimento dos rendimentos e ganhos operacionais, tendo em consideração que o nível de gastos e perdas operacionais apresentou um acréscimo inferior e que os resultados com atletas sofreram um ligeiro recuo" em Setembro.

Os ganhos obtidos com a venda de jogadores atingiu os 59 milhões de euros, mais 9,5% face a igual período do ano passado, devido às alienações dos direitos desportivos de Bernardo Silva ao Mónaco e Franco Jara ao Olympiacos, no terceiro trimestre, e de Enzo Perez, Markovic, Jan Oblak e Óscar Cardozo no primeiro semestre do ano fiscal.

Durante o trimestre, a rubrica de patrocínios e publicidade cresceu 1,1 milhões de euros para os 13,5 milhões. Em sentido contrário, está o valor de receitas de bilheteira que recuou mais de um milhão, o que se deve a dois factores: O "menor númeor de jogos realizados como consequência da eliminação nas competições europeias" e pelo facto do "jogo em casa com o FC Porto se ter realizado apenas no quarto trimestre do exercício".

Já os gastos operacionais ascenderam a 77,6 milhões de euros, mais 2,4% face a igual período do ano passado. Esta variação é justificada pelas "rubricas de provisões/imparidades e de fornecimentos e serviços de terceiros, que sofreu cada uma um acréscimo próximo de um milhão de euros".

O Benfica ganhou hoje 0,79% para 1,27 euros na bolsa de Lisboa. Desde o início do ano que a SAD benfiquista valorizou mais de 39% na praça nacional.