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Benfica SAD duplica prejuízos para 35 milhões de euros

SAD do clube apresentou resultados negativos de 35 milhões de euros, o dobro do último exercício, sobretudo devido à quebra nos valores das transferências de jogadores. Rui Costa garantiu, ainda assim, a saúde financeira do clube.

O Benfica espera captar 40 milhões de euros com a emissão de novas obrigações a três anos. O período de subscrição arranca esta segunda-feira.
José Sena Goulão/Lusa
07 de Setembro de 2022 às 15:40
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A SAD Benfica anunciou quarta-feira um prejuízo no exercício 2021/22 de 35 milhões de euros. Trata-se de uma duplicação dos prejuízos face aos 17,4 milhões de euros negativos registados na última época.

Em comunicado, o clube afirma que o montante “está significativamente influenciado pelo resultado obtido com transações de direitos de atletas”, que na última época foi “bastante inferior aos valores alcançados nos últimos exercícios”. “Em termos operacionais sem direitos de atletas, verificou-se uma melhoria de 37,4 milhões de euros face ao período homólogo”, justifica a SAD encarnada.

Na apresentação dos dados do último exercício, a sociedade anunciou rendimentos totais superiores a 240 milhões de euros. O resultado com transações de direitos de atletas ascendeu a um valor de 41,6 milhões de euros, o que representa um decréscimo para menos de metade face aos 87,6 milhões de euros apresentados no período homólogo.

“Apesar de o valor bruto das vendas de direitos de atletas ter superado o montante do exercício transato (em 2021/22, esse valor atingiu os 124,4 milhões de euros, o que compara com o montante de 110,1 milhões de euros registado em 2020/21), os resultados obtidos com as transferências realizadas foram inferiores, uma vez que os principais jogadores transferidos foram adquiridos por valores significativos e não são provenientes da formação”, adianta a SAD na apresentação publicada na CMVM. Isto porque, adianta o clube, “as alienações de direitos de atletas que ocorreram por montantes mais significativos respeitaram a jogadores cujas contratações representaram um forte investimento, o que significa que tinham um valor líquido contabilístico à data da alienação elevado”.

O clube mantém um capital próprio positivo de 109 milhões de euros, ainda assim a valor da dívida sofreu um aumento considerável (+45,8%) face ao período homólogo, passando dos 100,9 milhões para 147,1 milhões. Na época em análise, o ativo subiu 2% para 533,7 milhões de euros e o passivo chegou aos 424,7 milhões de euros, um crescimento homólogo de 11,9%, devido a variações ocorridas “nas rubricas de empréstimos obtidos e de fornecedores” e credores.

Na apresentação das contas, o presidente do Benfica, Rui Costa, justificou a quebra nos resultados com a “reestruturação do projeto desportivo” que quis levar a cabo. “Desde que me candidatei disse que iria sempre privilegiar os aspetos desportivos e não financeiros”, frisou, lembrando que do lado financeiro houve dois aspetos “fundamentais” cumpridos: a redução da massa salarial e a salvaguarda dos aspetos de tesouraria. “Para chegar aos resultados positivos que queremos, tínhamos de equilibrar o plantel do Benfica.”

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